Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a greve dos controladores de vôo na última sexta-feira foi um ato "grave" e "irresponsável". Em entrevista ao programa de rádio "Café com o Presidente", ele justificou que a decisão de suspender a prisão dos grevistas, na semana passada garantiu a volta da normalidade nos aeroportos e o início das negociações com a categoria. A atitude de não punir os controladores recebeu severas críticas de setores da Aeronáutica que reclamam de insubordinação e desrespeito à hierarquia militar por parte dos grevistas.
No sábado, Lula afirmou em entrevista em Washington, onde se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, George Bush, que o momento não é de "radicalização". Diante das críticas, o presidente mudou ontem o tom e voltou a defender a proposta de lei que proíbe greves em áreas essenciais do serviço público. O presidente observou que os controladores são pessoas que têm funções consideradas essenciais e delicadas, pois estão lidando com milhares de passageiros. "Se as pessoas querem discutir aumento de salário, vamos discutir, mas não vamos prejudicar o ser humano", ressaltou.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem que os controladores de vôo cometeram crime e que as pessoas prejudicadas pela paralisação podem acionar a União na Justiça pedindo indenizações por danos morais e materiais.
"O fato é que houve crime militar", disse. "Acho que os controladores agiram de modo criminosamente irresponsável. Teriam incidido na prática de crime militar tipificado no Código Penal Militar como motim. É um delito muito grave", afirmou o ministro, que é o relator da ação movida por deputados de oposição com o objetivo de conseguir a instalação da CPI do Apagão Aéreo.
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