Com a proposta de aproximar o discurso da prática, a Avon e a Fundação Getulio Vargas (FGV) elaboraram uma disciplina sobre a questão de gênero nas organizações. A ideia é formar os alunos em temas como mercado de trabalho e gestão de pessoas nas empresas levando-se em conta as diferenças entre homens e mulheres.
É a primeira disciplina com essa temática oferecida para uma graduação em administração no Brasil. Segundo Alessandra Ginante, vice-presidente de recursos humanos da Avon, a ideia é fazer parcerias na mesma linha com outras faculdades.
A parceria entre a Avon e a faculdade já tem cerca de dois anos, mas essa é a ação mais madura, avalia Ginante, que participará da abertura da primeira aula. Também estão previstas, ao longo do curso, as participações do grupo de mulheres da Goldman Sachs, da jornalista Sabine Righetti, de representantes do Women Corporate Directors, grupo global de executivas, e de presidentes de empresas brasileiras, como Claudia Sender, da TAM.
Para não ser um “muro das lamentações”, os estudantes deverão apresentar um trabalho final com propostas para combater os problemas identificados nas aulas. “Qual a sua recomendação pra encurtar esses 80 anos para ter efetiva igualdade de gênero? O que você sugere de concreto pras empresas, ou de políticas públicas para o governo?”, explica Ginante.
Os autores dos projetos serão premiados com uma viagem ao centro de pesquisas da Avon, nos Estados Unidos.
Nesta primeira experiência, o curso é eletivo (os alunos podem escolher fazê-la ou não) e aberto para estudantes de administração de empresas e administração pública da unidade da FGV de São Paulo.
Para a professora responsável será Maria José Tonelli, que foi vice-diretora da faculdade por oito anos, apesar do tema não ser novo, ele passa atualmente por um renascimento em razão do crescente interesse por jovens.
De acordo com relatório recente publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas), no ritmo atual de avanço atual, a igualdade de gênero será atingida no mundo apenas em 2095.
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