O pároco da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz, mais conhecida como Catedral de Curitiba, cônego Genivaldo Ximendes, afirmou, nesta terça-feira (23), que não se opõe à realização da feira, que é realizada diariamente das 8 às 18 horas, na Rua José Bonifácio, ao lado da igreja. Segundo os comerciantes, a transferência da feira para outros locais está sendo articulada desde o fim do ano passado pela Prefeitura de Curitiba, que neste ano não renovou o alvará de funcionamento das barracas.
A Prefeitura afirmou, na segunda-feira (22), que o fim do comércio ambulante no local teria sido pedido por responsáveis da Catedral. A prefeitura recebeu, em agosto do ano passado, um ofício da secretaria executiva da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) regional Sul, pedindo a retirada da feira.
A Cúria Metropolitana de Curitiba, informou o pároco da Catedral, não apresentou nenhum pedido para a retirada dos comerciantes do local. De acordo com a assessoria de imprensa, em outras oportunidades, o cônego Genivaldo Ximendes apoiou os feirantes e não se opõe à permanência da feira ao lado da igreja.
No entanto, a principal razão para a mudança seria o projeto de revitalização daquele espaço, em consonância com outras áreas centrais de Curitiba. Esta recuperação urbana acontece já na Praça Tiradentes e na Rua Riachuelo, atingindo o entorno da Catedral e o largo da Ordem.
Em reunião realizada na segunda-feira, na Prefeitura, uma comissão de quatro feirantes e o advogado do grupo foram recebidos por membros da administração. Após o encontro, os comerciantes informaram que foi estabelecido um prazo de 15 dias para que eles conseguissem um termo assinado por representantes da Catedral, assegurando que a igreja não se opõe à realização da feira no local. Caso contrário, as barracas seriam realocadas para outras feiras da cidade.A feira
Realizada todos os dias, das 8h às 18h, a feira da Rua José Bonifácio acontece há 23 anos. Os alvarás para a permanência de barracas de alimentação são expedidos pela Secretaria de Abastecimento e as permissões para artesão são concedidas pelo Instituto Municipal de Turismo. As licenças têm validade anual e custam R$ 120, mas não foram renovadas neste ano. Atualmente, há 17 barracas no local, das quais 4 comercializam alimentos e 13, produtos artesanais.