Dois eventos astronômicos, que ocorrem ao mesmo tempo, irão deixar o céu ainda mais bonito neste final de semana, quando um eclipse lunar total vai coincidir com a “superlua”. Os fenômenos ocorrerão no domingo (27), e poderão ser acompanhados “de perto” no Parque da Ciência, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
No local, os telescópios estarão à disposição a partir das 20 horas. O eclipse, que deve começar por volta das 21h10, terá seus primeiros efeitos sob a região de Curitiba a partir das 21h30. As atividades no local serão encerradas às 23h30. Além dos telescópios, o parque também vai disponibilizar um projetor que mostrará a evolução do eclipse em tempo real e um equipamento de laser para mostrar à população as constelações.
Apesar de os eventos isolados não serem raros (a última “superlua”, por exemplo, aconteceu no mês passado), a combinação deles é. A última vez que estes fenômenos aconteceram ao mesmo tempo foi em 1982, e a próxima vez será em 2033.
Por isso, acompanhar o evento deve ser quase que imperdível - se o tempo colaborar. Segundo o Simepar, a previsão é de céu encoberto durante todo o domingo na região de Curitiba, com grandes chances de as nuvens minguarem a visualização dos fenômenos.
Ao redor do mundo, o fenômeno raro poderá ser visto nas Américas do Sul e Norte, Europa, África e parte do oeste asiático.
Serviço
O Parque da Ciência estará aberto a partir das 20 horas de domingo (27) e o eclipse está previsto para 23h30. O Parque da Ciência Newton Freire Maia fica na Estrada da Graciosa 7.400 – km 20 – Jardim Boa Vista (Pinhais)
parquedaciencia.blogspot.com.br
Diretor do Parque da Ciência, o matemático e especialista em astronomia Anisio Lasievicz explica que eclipses lunares ocorrem quando a Terra “entra” no meio do caminho entre a lua e o sol – que emite a luz necessária para enxergar a lua.
Tal fenômeno deveria deixar a lua com um aspecto escuro, porém, uma pequena parcela da luz solar que atravessa a atmosfera de nosso planeta perde energia e, neste processo, e atinge a superfície lunar com uma tonalidade próxima do vermelho.
“Para os antigos, coisas vermelhas no céu eram sempre associadas ao sangue. Por isso que essa lua também é chamada de Lua de Sangue”, explica o diretor.
Já a superlua é o nome que indica que a Lua está no ponto mais próximo da Terra permitido pela sua órbita, que é elíptica (achatada). Nesses casos, o satélite aparenta ser maior e mais brilhante que o normal.
Em meados de setembro, a Agência Espacial Americana (Nasa) divulgou um vídeo mostrando como será o evento celeste deste domingo. As imagens foram feitas com base nas projeções e mostram as Américas, bem ao centro do planeta, no momento do alinhamento perfeito. Assista ao vídeo (em inglês):
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