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Cronologia

Veja algumas das mais importantes rebeliões no Paraná nos últimos anos:

8 de junho de 2001 - A rebelião na PCE, em Piraquara, durou seis dias. Foram mantidos como reféns 26 agentes penitenciários, entre eles, um foi assassinado.

5 de outubro de 2007 - Motim na Penitenciária Estadual de Piraquara resulta na morte de um preso.

15 de dezembro de 2007 - Dois presos são mortos durante rebelião na Cadeia Pública de Paranaguá.

A Penitenciária Estadual de Pi­­raquara e o Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara devem receber parte dos presos da Penitenciária Central do Es­­tado, palco da rebelião dos últimos dias, até que a unidade esteja readequada. O coordenador-geral do Departamento Peniten­ciário do Paraná (Depen), Cezi­nando Paredes, afirma que essas "unidades serão sacrificadas pelo menor tempo possível, recebendo entre 100 e 200 presos". As unidades do interior também são cogitadas, mas não há confirmação. "Sobre transferir para presídios do interior, ainda está em fase de estudo. Talvez possamos fazer, mas é ne­­cessária uma melhor avaliação", afirma Pare­des. Até mesmo o antigo presídio do Ahú, desativado em 2007, foi cogitado.

Após a rebelião, os presidiários da Penitenciária Central do Estado (PCE) devem permanecer no pátio interno (divididos em quatro grupos) até o início desta semana, quando algumas galerias devem ser liberadas para re­­ceber entre 500 e 600 presos. Co­­mo abrigava 1.578 detentos antes da ocorrência, a transferência para outras unidades é uma ne­­cessidade. "Estamos organizando o plano de reocupação da unidade, mas a única certeza até o mo­­mento é que serei obrigado a distribuir presos para outros locais", explica o coordenador geral do Depen.

Depois da inspeção da Polícia Militar durante a madrugada de ontem, foram confirmados cinco mortos e oito feridos. "Estamos levantando os nomes para fazer a divulgação o mais rápido possível. Ainda há muitas famílias aguardando notícias por aqui", diz. O Depen também espera divulgar a estimativa de gastos para recuperar os estragos da rebelião no início desta semana, após a avaliação dos engenheiros.

Transferência

Uma das exigências para encerrar a rebelião foi o pedido de transferência de alguns encarcerados para outras penitenciárias. O procedimento, contudo, é complexo e depende da autorização dos juízes envolvidos no processo de execução penal dos detentos e dos magistrados da comarca para onde desejam ir. "A questão não é tão rápida e não depende só de mim. É preciso investigar a possibilidade de transferi-los para onde desejam", explica o juiz-corregedor dos presídios de Curitiba e re­­gião, Márcio Tokars.

Apesar da complexidade, o processo de transferência de alguns presidiários (aqueles que não foram líderes da rebelião) está adiantado. "Não tenho o número de presos que vão para o interior, mas preciso diminuir a ocupação da PCE", diz Paredes.

Identificação

Os corpos dos cinco mortos na rebelião chegaram às 19 horas de sexta-feira no Instituto Mé­­dico-Legal. Até às 10 horas de on­­tem, apenas um deles havia sido identificado: Orlando Quar­ta­rolli.

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