A vendedora Olga Frogel, de 43 anos, diz que já viu muita gente morrer no cruzamento da Avenida Marechal Floriano com a Rua Visconde de Guarapuava. "Vi um senhor ser atropelado por um ônibus em frente à loja em que trabalho", conta. Porém, de alguns meses para cá, ela afirma não ter visto mais atropelamentos. "Sinto que eles diminuíram depois que foram colocadas grades pela Marechal, o que força as pessoas a atravessarem a rua só nas faixas de segurança."
A percepção de que os acidentes diminuíram é compartilhada pela vendedora Nice Santos, 29 anos, que também trabalha na região. Para Nice, depois que os biarticulados passaram a circular nesse trecho apenas no sentido centro-bairro (o que ocorreu por causa de obras da Linha Verde), o cruzamento ficou "um pouco menos perigoso".
A uma quadra dali, no encontro da Marechal com a Rua Sete de Setembro, a situação é crítica, com o alto fluxo de ônibus, automóveis, bicicletas e pedestres, vindos de todos os lados.
Na última terça-feira, o entregador Ricardo dos Santos, 27 anos, viu uma mulher ser atropelada por um carro quando atravessava a Marechal entre o Shopping Estação e a Universidade Tecnológica federal do Paraná (UTFPR).
"Ela deve ter se confundido com os dois sinaleiros que existem em sequência por ali, um para cada sentido da rua." Em alguns momentos esses sinais estão iguais, porém às vezes um deles abre e o outro fecha. Quem se distrai corre o risco de seguir caminhando no sinal vermelho.
Toaldo Túlio
Distante do centro, passando por bairros como Orleans, São Braz e Santa Felicidade, a Avenida Vereador Toaldo Túlio é uma das vias mais perigosas da cidade, principalmente na região perto do supermercado Big, segundo apontou a pesquisa.
Ontem à tarde, a empregada doméstica Jandira Nonato, 53 anos, só conseguiu cruzar esse trecho, a passos rápidos, depois de ficar 30 segundos olhando atenta para os dois sentidos da rua. "É preciso contar com a sorte para atravessar aqui. Eu tenho medo. Deveria ter mais lombadas e sinaleiros", diz.
Há cerca de quatro meses, Jandira viu uma mulher ser atropelada no local, cena testemunhada também pela vendedora Susan Caliari, de 24 anos. "Esse trecho é uma curva, e mesmo assim os carros vêm a toda velocidade", diz Susan.
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