A Justiça Federal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) indeferiu nesta quinta-feira (9) o pedido de José Agostinho dos Santos, 40, que acusa o irmão, Rogério Agostinho dos Santos, 37, de ter furtado um bilhete premiado, de R$ 7,8 milhões, da Mega-Sena.
O suposto furto veio à tona depois que a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. José registrou um boletim de ocorrência em novembro do ano passado em que afirma que o irmão entrou em seu quarto e pegou o bilhete, um dos vencedores do concurso 1.530 da Mega-Sena, sorteado em 14 de setembro. Eles dividiam a mesma casa.
O juiz federal Eduardo José da Fonseca Costa, substituto da 7ª Vara Criminal de Ribeirão, negou diversos pedidos a José, entre eles, oitiva para esclarecer os detalhes da aposta, requisição de filmagens internas da lotérica - e externas, do edifício onde o estabelecimento está localizado -, convocação de funcionários da lotérica e bloqueio do prêmio.
O delegado do 6º DP (Distrito Policial) de Ribeirão Samuel Zanferdini disse que alguns pedidos feitos por José à Justiça já foram alvos de procedimento da Polícia Civil.
Citou, por exemplo, que as filmagens foram solicitadas, mas que nem a lotérica, nem o edifício, possuem as gravações do monitoramento.
"As imagens são gravadas e apagadas após um período", disse o delegado. Ele afirmou também que já ouviu José. Agora, Zanferdini espera informações da Caixa Econômica Federal para saber quem retirou o prêmio e em qual horário a aposta foi realizada.
Em dezembro, a Justiça determinou que o banco forneça os nomes dos ganhadores do concurso.
Na decisão contrária a José, o juiz citou que não existe risco grave de que o requerente sofra dano irreparável ou de difícil reparação - caso a liminar não seja concedida.
O advogado de Rogério disse que seu cliente não furtou o bilhete e que a acusação de José não tem fundamento.
A Caixa Econômica Federal informou que o prêmio foi sacado seis dias após o sorteio.
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