O Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul encontrou substâncias do sedativo Midazolam no corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, localizado no dia 14 de abril, depois de ficar dez dias desaparecido. O resultado foi divulgado pela delegada de Três Passos (RS), Caroline Virgínia Bamberg Machado, nesta terça-feira (29), mas ainda não esclarece o que causou a morte do garoto.

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O Midazolam é usado como indutor de sono rápido e sedativo para procedimentos médicos. Ainda estão abertas hipóteses como as de aplicação de uma suposta injeção letal, com superdosagem do medicamento, ou posterior à sedação, com outra substância. A delegada também revelou que a perícia já sabe que Bernardo não foi enterrado vivo, acabando com uma suspeita que rondava o caso.

As informações divulgadas pela polícia desde o início do caso que comoveu o Brasil indicam que Bernardo acompanhou a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, em uma viagem de Três Passos, onde a família vivia, a Frederico Westphalen, no dia 4 de abril. Na cidade vizinha, câmeras de segurança captaram imagens de Graciele e uma amiga, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, embarcando em um automóvel com o garoto e voltando sem ele. No dia 14, após ouvir Edelvânia, a polícia localizou o corpo enterrado em um matagal.

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A madrasta, a assistente social e o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, estão presos. A delegada vem sustentando que os três estão envolvidos com o crime e revelou que o inquérito chegou à fase em que a conduta de cada um será individualizada. Ela reafirmou a intenção de concluir o trabalho em 30 dias, mas admitiu a possibilidade de pedir prorrogação de prazo se todos os laudos da perícia não estiverem prontos.

O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, afirma que ela vai se manifestar pela primeira vez nos próximos dias. O advogado de Edelvânia, Demetryus Grapiglia, diz que o depoimento que ela deu é inválido porque não havia a presença de um defensor e sustenta que a cliente não participou da morte do garoto, tendo somente ajudado a ocultar o cadáver por pressão da madrasta. O advogado de Leandro, Jáder Marques, afirma que o médico é inocente.