Os sem-terra não eram os únicos manifestantes presentes ontem em frente ao prédio do Incra em Curitiba. Engenheiros agrônomos que integram a carreira de peritos federais agrários do instituto promovem desde segunda-feira uma paralisação de 72 horas, em protesto contra a defasagem salarial da categoria.
"Estamos mobilizados pela reestruturação da carreira", afirma Ronílson Campos, representante da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra (Assinagro) no Paraná.
"O processo de desmonte do instituto vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso. O governo Lula chegou a fazer alguns concursos, mas a situação precária da carreira não mantém os servidores, que migram para outros postos no serviço público."
Armelindo Rosa da Maia, integrante da coordenação do MST no Paraná, concorda com as queixas dos servidores do instituto. "O Incra é uma autarquia federal sucateada, que não consegue cumprir sua função de investigar para que se cumpra a Constituição onde exista terra improdutiva, ou que não cumpra a função social da propriedade, ou ainda que pertença à União", afirma.
Segundo o representante da Assinagro, a remuneração atual dos peritos agrários federais corresponde a apenas 40% do valor que recebem os engenheiros agrônomos que atuam como fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura. A categoria vem fazendo paralisações para pressionar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nas negociações salariais.
A assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento afirma que o acordo firmado com a categoria em 2008 continua em vigor e que todos os reajustes previstos estão garantidos até 2011. De acordo com a assessoria, não há necessidade de paralisações ou outros instrumentos de pressão porque a pasta está aberta ao diálogo com os servidores.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora