A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou nesta quarta-feira (9) a primeira morte causada pelo vírus da chikungunya no Estado. A vítima é uma idosa de 88 anos que faleceu em 21 de fevereiro, no Recife.
Segundo a secretária-executiva de Vigilância à Saúde, Cristiane Penaforte, a idosa apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 11 de janeiro e chegou a receber atendimento hospitalar por três vezes. Em uma das ocasiões, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma unidade pública de Saúde.
A confirmação laboratorial foi feita por meio de duas técnicas diferentes que deram resultados positivos para a presença de anticorpos de chikungunya e de fragmentos do vírus. O óbito foi registrado no boletim apresentado na última terça-feira com os dados das enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika).
Os registros dizem respeito aos casos notificados entre 1º de agosto de 2015 e 5 de março de 2016. Até o momento há 84 óbitos por suspeita de doenças transmitidas por mosquitos.
A identidade da paciente está sendo mantida em sigilo a pedido da família. Ela era moradora do bairro da Ilha do Leite, um dos campeões em registros dessas doenças na capital pernambucana, ocupando o 4º lugar no ranking do Recife.
Balanço
Comparado com o balanço divulgado na semana passada, houve um aumento de mais de mil casos suspeitos de zika no Estado. O número saltou de 3.746 para 4.849 casos notificados. Em relação à chikungunya, as notificações aumentaram de 6.076 para 9.160 casos. De agosto até março, as notificações de dengue chegaram a 31.481 (4.210 confirmados), distribuídos em 179 municípios, o que representa um aumento de 131,70% em relação ao mesmo período de 2015.
O Rio de Janeiro registrou 21.948 casos suspeitos de dengue entre 1º de janeiro e 8 de março, informou a Secretaria de Estado de Saúde – aumento de 26,8% em relação ao boletim divulgado na semana passada, quando havia 17.310 casos computados. Na média, são 322 casos novos de dengue por dia – uma pessoa morreu. O número neste ano é 169% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 8.137 casos de dengue. Em todo o ano de 2015, houve 71.791 registros e 23 mortes.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que tem tomado uma série de medidas para o combate ao mosquito, como campanhas para mobilizar a população. Com o objetivo de reduzir a incidência de complicações ou mortes causadas pela dengue, a secretaria capacitou médicos e enfermeiros de públicos e particulares do Estado para padronizar o atendimento a pacientes com a doença.
Foi criado também um prontuário eletrônico para auxiliar os profissionais de saúde do Estado no atendimento a pessoas com dengue – o programa avalia os sintomas e indica qual o melhor tratamento a ser seguido e pode apontar a necessidade de internação.