O zika vírus continua avançando por todas as regiões do Paraná. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (8), 20 novos casos foram confirmados, totalizando 111 ocorrências no estado. Desses, 56 casos são autóctones – quando a pessoa contrai a doença na cidade onde vive. O número de notificações também aumentou: em uma semana subiu de 555 para 948.
Os municípios com maior número de casos autóctones são Colorado (9), Paranaguá e Nova Prata do Iguaçu (8 cada), Maringá (6) e Paranavaí e Lupionópolis (3 cada). Ao todo, 21 cidades paranaenses, de todas as regiões, já apresentam casos autóctones da doença. Curitiba é o município com maior número de casos de zika já confirmados, 25, mas todos foram importados de outros locais.
Epidemia de dengue atinge 30 municípios
A dengue também se espalha pelo Paraná. O número de casos confirmados no estado é de 10.663, dos quais 9.256 são autóctones. Até agora, 15 pessoas morreram por causa da doença – 11 em Paranaguá, duas em Foz do Iguaçu, uma em Curitiba e uma em Antonina. Dessas, duas foram confirmadas no boletim desta terça (8): uma em Paranaguá e a de Antonina.
As notificações de casos suspeitos já chegam a 57 mil – dos 399 municípios paranaenses, 258 já confirmaram ocorrências de dengue.
O número de cidades em situação epidêmica também cresceu e agora somam 30 municípios. Conforme o relatório, nessa última semana mais 12 cidades declararam situação de epidemia: Planalto, São Miguel do Iguaçu, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Cafelândia, Capitão Leônidas Marques, Tuneiras do Oeste, Colorado, Sarandi, Centenário do Sul, Ibiporã e Leópolis.
Os municípios com maior número de casos são Paranaguá, com 2.224 confirmações; Londrina, com 1.484 e Foz do Iguaçu, com 1.075. Em Curitiba foram registrados 268 casos, todos importados – quando a pessoa viaja e contrai a doença em outra cidade ou estado.
Área de contaminação deve ser bloqueada
O avanço de casos de dengue e zika no estado acende um alerta para a contaminação de outros pacientes. De acordo com a coordenadora do programa de combate à dengue da Sesa, Themis Buchmann, a investigação dos casos confirmados da doença são essenciais para que se faça o bloqueio imediato da área em que ela foi contaminada. “Se temos uma única pessoa doente e um mosquito, é o suficiente para um segundo caso. Por isso é importante que haja investigação e que a vigilância ambiental vá até o local para eliminar os vetores e focos do mosquito”, destaca.