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Protesto

PF cruza os braços por 72 horas na terceira paralisação do ano

Agentes se reúnem do lado de fora da superintendência e promessa é que movimento não atrapalhe emissão de passaportes | Antonio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Agentes se reúnem do lado de fora da superintendência e promessa é que movimento não atrapalhe emissão de passaportes (Foto: Antonio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Elefante branco, que foi atração na manifestação anterior da PF, também está presente |

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Elefante branco, que foi atração na manifestação anterior da PF, também está presente

Categoria protesta contra o que chama de

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Categoria protesta contra o que chama de

Pela terceira vez neste ano, a Polícia Federal (PF) promove uma paralisação para protestar pelo fim do que eles chamam de "apagão" da corporação. A mobilização faz parte de um movimento nacional, que pode resultar em greve da categoria a partir do fim do mês. Desta vez, o movimento dura 72 horas (três dias), com início à zero hora desta terça-feira (11) e a meia-noite de quinta-feira (13). O serviço de emissão de passaportes não é afetado em Curitiba nesta terça.

Assim como na última paralisação, segundo o sindicato que representa a categoria, os atendimentos agendados para a emissão de passaportes, na superintendência da PF na capital paranaense, são realizados normalmente. O que pode ter alteração no funcionamento são os procedimentos conhecidos como encaixes, que ocorrem entre um e outro atendimento. A recomendação é para que apenas quem tem horário marcado busque atendimento até o fim da paralisação.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Paraná (Sinpef-PR), Fernando Vicentine, diz que pode haver tumulto na emissão de passaportes na quarta-feira (12), quando a categoria planeja fazer um movimento dentro da superintendência. Segundo ele, os policiais estão impedidos de entrar no local, o que tem causado descontentamento aos manifestantes. "Não vamos mais suportar essa situação, estamos impedidos de entrar no nosso próprio ambiente de trabalho."

O presidente, porém, enfatiza que possíveis transtornos á população são pequenos quando comparados à situação que vive a Polícia Federal. "Queremos que a população entenda que o simples fato do passaporte é um prejuízo pequeno perto da corrupção aumentando. Com nosso trabalho prejudicado, ocorre aumento no tráfico de drogas, tráfico de pessoas, ingresso de todo tipo de ilegalidade de fronteira e lavagem de dinheiro. Não queremos prejudicar a população ainda mais do que já é prejudicada."

Nesta terça, Vicentine relata que está na programação a realização de um protesto com o mesmo elefante branco inflável utilizado na última manifestação, em frente à superintendência da PF na capital paranaense. Nesta quarta-feira (12), parte dos sindicalistas paranaenses, junto com o elefante inflável, segue para Brasília em um ônibus, onde participarão de ato da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

"Apagão" em números

A primeira paralisação da categoria em 2014 ocorreu no dia 11 de fevereiro, com 24 horas de duração. No dia 25 de fevereiro, ocorreu o segundo movimento, quando os policiais cruzaram os braços por 48 horas. Neste dia, o Sinpef-PR divulgou números sobre a situação que levou a categoria a protestar. A entidade diz que entre 2010 e 2013, o número de indiciados pela PF no estado caiu 51% – de 6.114 para 2.983. Nesse total estão as pessoas que foram efetivamente investigadas pela PF no Paraná.

Chamado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de "Apagão da Polícia Federal", as mobilizações alertam, principalmente, sobre contingenciamento de verbas que inviabiliza as investigações. Segundo o órgão, nos últimos 10 anos, os investimentos na PF caíram de R$ 81 milhões para R$ 20 milhões. Agentes, escrivães e papiloscopistas ainda contestam o fato de estarem há sete anos sem reajuste salarial.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília, que informou apenas que não se pronuncia sobre a paralisação dos policiais.

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