São Paulo A Polícia Federal ouve hoje, a partir das 9 horas, o depoimento do empresário Abel Pereira, em Cuiabá (MT). O depoente está no centro das atenções em meio ao debate dos candidatos à presidente por poder representar o elo entre os partidos da oposição e o escândalo político de maior proporção da história recente do país.
Abel é acusado de receber propina da máfia dos sanguessugas. Ele é amigo do ex-ministro da Saúde em 2002 e atual prefeito de Piracicaba (SP) pelo PSDB, Barjas Negri.
Em depoimento à Justiça Federal na semana passada, Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas que negociou com petistas o dossiê contra tucanos, afirmou que Abel tinha ligação com Barjas e atuava no Ministério da Saúde em 2002 para liberar verbas.
Em troca, o empresário receberia 6,5% por verba liberada. Ele nega. Conforme Vedoin, Abel conseguiu a liberação de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões no ministério.
Outro lado
O empresário disse, na semana passada, por meio de sua assessoria jurídica, que "não procede" a afirmação de Luiz Antonio Vedoin à Justiça Federal em Cuiabá de que teria liberado R$ 3 milhões em 2002 em verbas do Ministério da Saúde após receber propina, na gestão de Barjas Negri.
De acordo com o advogado Sérgio Pannunzio, Abel esteve apenas uma vez no Ministério da Saúde, em 2002, para intermediar a liberação de verbas para a construção de um hospital em Jaciara (MT).
O empresário disse que esteve no gabinete acompanhado pelo ex-prefeito da cidade Valdizete Nogueira (PPS).
Abel já havia dito, anteriormente, conhecer a família Vedoin e que já teve uma sociedade com Darci Vedoin em uma empresa de Jaciara.
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