PF prende 53 em operação contra drogas sintéticas

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Cinquenta e três pessoas foram presas nesta quarta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) durante a maior operação contra o tráfico de drogas sintéticas já realizada no Brasil. A estimativa é de que as quadrilhas movimentavam aproximadamente R$ 1 milhão por mês. As ações mobilizaram 300 agentes no Paraná e em outros oito estados, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, a operação Nocaute – em referência ao fato de os envolvidos serem, em parte, lutadores – foi responsável por 32 prisões. Já a operação Trilha Albis – o nome se refere a uma marca de mochila utilizada para esconder a droga – prendeu 21 suspeitos, em sua maioria jovens de classe média alta.

No Paraná, três pessoas tiveram a prisão decretada. Duas delas, em Curitiba e Sarandi, já estavam detidas por outros crimes. A terceira foi presa em Campo Mourão. Os nomes das pessoas detidas não foram divulgados para não comprometer as investigações.

No balanço das ações realizadas nesta quarta-feira, foram apreendidos sete carros, três motocicletas e computadores. Ao longo dos dez meses de investigações, foram apreendidos ao menos 112 mil comprimidos de ecstasy e outros 115 mil micropontos de LSD, além de drogas diversas.

As investigações também apontaram formas diferentes de agir entre as duas quadrilhas. Os envolvidos na operação Nocaute formavam uma rede de tráfico funcionando em um esquema de cooperativas, enquanto os envolvidos da operação Trilha Albis eram mais organizados e atuavam nos moldes de uma organização criminosa. A PF também destaca que os envolvidos na operação Nocaute ampliaram as operações para o tráfico de armas.

Cerca de 300 policiais participaram das operações, sendo 220 no Rio de Janeiro. As operações aconteceram em vários pontos do Rio, e nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, e também no Distrito Federal.

A PF informou que os inquéritos tramitam em segredo de Justiça e que os envolvidos podem pegar até 20 anos de prisão. Eles devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e tráfico internacional.