Atualizado em 29/01/2007, às 17h27

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A Polícia Federal (PF) prendeu, no sábado (27), em São Paulo, seis pessoas acusadas de participar do assalto da agência da Caixa Econômica Federal, que aconteceu em outubro de 2006 no bairro Bacacheri, em Curitiba. A prisão foi realizada quando os assaltantes se preparavam para roubar uma agência da Caixa na região da Avenida Paulista.

A intenção da quadrilha, com integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comdando da Capital), era roubar cerca de R$ 150 milhões em jóias e dinheiro. Quatro dos seis homens presos estavam num carro próxima a casa que servia de base para o grupo, na região do aeroporto de Congonhas. Na tentativa de fugir, os bandidos trocaram tiros com os agentes da PF - um assaltante foi ferido no ombro.

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Os homens detidos no carro são Eric Juan Takemura, um policial militar de São Paulo, Emerson de Jesus Ventura, vulgo "Jabá", Waldemir de Oliveira, conhecido como "pezinho", e André Torres Zeni.

Os dois mentores do assalto, conhecidos como Lelê e Vavá, foram presos em seguida com documentos falsos próximo a agência da CEF que seria assaltada. "Eles (quadrilha) chegaram a cortar o fio de comunicação da agência com a empresa de segurança", conta o delegado da PF, Gilberto Castro, responsável pela operação. "Mas conseguimos impedir o seqüestro e conseqüentente o roubo milionário", completa.

Modus operandi

Ainda de acordo com Castro, o modus operandi da quadrilha consistia em primeiro seqüestrar pessoas ligadas a segurança do banco para depois realizar o assalto. "Na agência do Bacacheri aconteceu assim. Eles seqüestraram a família de um gerente da empresa de segurança enquanto faziam o roubo", conta.

Seis agentes da PF do Paraná, que investigaram a quadrilha desde o roubo à Caixa de Curitiba, foram para São Paulo para prender os assaltantes. De acordo com o delegado Castro, a quadrilha "desmoronou" quando o líder José Reinaldo Giroti, foi preso - em novembro de 2006.

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"Ele (Giroti) era o líder e era procurado em todo o país. Junto com o Marcola (Marcos Camacho - então líder do PCC) eles fizeram diversos assaltos em todo o país. Tentaram até roubar um banco no Paraguai", conta o delegado. A PF acredita que outros integrantes da quadrilha estão soltos, mas que a coluna vertebral do bando foi desarticulada. "É dificil prender todos, porque eles (quadrilha) tercerizavam serviços. Quando iam roubar um banco no Rio de Janeiro, por exemplo, faziam contatos com o PCC para indicar pessoas para ajudar no assalto", detalha Castro.

Com os bandidos foram apreendidas armas e ferramentas que seriam utilizadas para assaltar a agência de São Paulo. Castro informou ainda que a PF já seqüestrou os bens da quadrilha avaliados em mais de R$ 1 milhão. "Só a casa vale R$ 1 milhão, fora os carros importados", disse.

Presos podem ir para Catanduvas

Os assaltantes presos são de São Paulo e de Joinville, e estão presos na superintendência da Polícia Federal de São Paulo, onde devem responder por diversos crimes, entre eles, formação de quadrilha, receptação, documentos falsos, porte ilegal de arma, tentativa de roubo, entre outros.

O delegado Gilberto Castro informou que os seis presos poderão ser trasferidos para a penitenciária federal de segurança máxima em Catanduvas, no Oeste do Paraná. "Vai depender da justiça de lá (SP) e a daqui (PR)", diz. Giroti, ainda de acordo com Castro, já está em Catanduvas, assim como Marcola.

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Roubo na CEF em Curitiba

No assalto em Curitiba, em outubro de 2006, os ladrões levaram R$ 6 milhões em jóias do setor de penhor da Caixa. Durante o assalto foram feitas nove pessoas reféns, duas eram crianças que ficaram sob a mira de fuzis.

Vídeo:Veja imagens da prisão feita pela PF em São Paulo