Os dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) em Londrina poderão ter os sigilos bancário e telefônico quebrados. O pedido será feito pela Polícia Federal (PF), como parte das investigações de denúncias de suposto esquema de "caixa dois" na campanha de reeleição do prefeito Nedson Micheleti, no ano passado, feitas pela ex-assessora financeira do PT, Soraya Garcia.
"Em cima do que foi falado no depoimento da Soraya, será primordial que abra o sigilo telefônico e o sigilo bancário", afirmou o delegado Sandro Roberto Vianna dos Santos, em entrevista ao Bom Dia Paraná desta terça-feira.
A ex-assessora prestou depoimento nesta segunda-feira na PF de Londrina. Durante a oitiva, que durou nove horas, Soraya apresentou uma lista com os nomes de mais de 50 pessoas que estariam envolvidas no esquema. Ela também forneceu números de contas correntes, telefones e CPFs.
Os próximos depoimentos ainda não foram confirmados pela PF de Londrina. São aguardadas audiências com o coordenador da campanha do PT, Augusto Dias, que seria o responsável pela distribuição do dinheiro, e do prefeito Micheleti, dando seqüência às investigações.
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