O Plano Nacional de Mudança Climática que o governo submeterá a consulta pública a partir de segunda-feira (29) prevê a substituição gradativa do uso da gasolina pelo álcool na frota de carros nacionais, com crescimento de 11% ao ano na produção do etanol. Nesse ritmo, o País deverá produzir 53,2 bilhões de litros de álcool em 2017, mais que o dobro dos atuais 25,6 bilhões.
Ficou decidido também que a partir do ano que vem, a Caixa Econômica Federal (CEF) só financiará imóveis que prevejam o aproveitamento de energias limpas, como a solar. Mesmo projetos de habitação popular, como os grandes conjuntos feitos para as classes C e D, terão de conter painéis captadores de energia solar, para evitar o consumo de energia elétrica com chuveiros e outros tipos de aquecedores.
Caberá à Caixa duplicar - prevendo a contrapartida de Estados e municípios - de R$ 6 bilhões para R$ 12 bilhões os investimentos anuais em tratamento de esgoto sanitário, produtores de gás metano, que também ajudam no efeito estufa. Esse gás deverá ser aproveitado como fonte de energia. Pelos planos do governo, até 2015, a população atendida por esgotos tratados subirá dos atuais 35% para 70%.
Embora o Brasil não tenha obrigação quantitativa de reduzir a emissão de carbono (CO2), por não ter responsabilidade histórica significativa pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, o governo decidiu fazer um plano ousado. Coube aos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, divulgá-lo. As sugestões do público para mudanças poderão ser feitas até 31 de outubro.
Somente depois dessa fase é que será possível estipular o quanto o País economizará na emissão de carbono e quanto custará o plano, explicou a secretária de Mudanças Climáticas do Meio Ambiente, Suzana Kahn, que integra o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vencedor do prêmio Nobel da Paz este ano, ao lado de Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos.
Pelos planos otimistas do governo, em dez anos deverão ser substituídos dez milhões de refrigeradores considerados obsoletos, que gastam muita energia elétrica e ainda funcionam à base do gás CFC, altamente nocivo à camada de ozônio. Para conseguir tal meta, o governo terá de multiplicar por até 20 vezes os seus esforços. No ano passado, empresas de energia elétrica trocaram 35 mil destes aparelhos; neste ano, deverão ser substituídos 50 mil.
Nesse clima de otimismo, o Ministério de Minas e Energia prevê que serão agregados ao sistema 34.450 megawatts em novas hidrelétricas, com investimentos de R$ 90 bilhões até 2016, com expansão majoritariamente hídrica. No ano que vem, deverá ser realizado o primeiro leilão voltado exclusivamente para a fonte de energia eólica. A idéia é que tanto a energia proveniente de hidrelétricas quanto solar ou eólica substituam usinas que atualmente utilizam óleo diesel.
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