Gaeco investiga denúncias
O Gaeco, anunciou na tarde de quarta-feira (28) que vai investigar as denúncias de agressão, tortura e racismo. O coordenador do Gaeco, promotor Leonir Batisti, afirmou que há indícios de que os policiais militares envolvidos na ocorrência tenham cometido uma série de excessos. "Vamos investigar, individualizando condutas, ou seja, identificando o que cada um dos policiais fez", disse Batisti.
A Polícia Militar (PM) do Paraná informou, na tarde desta quinta-feira (29), que dois policiais que participaram de uma abordagem ocorrida no último fim de semana, no Bairro Alto, em Curitiba foram afastados. Eles passam a cumprir serviços administrativos na corporação. A ação policial é investigada pelo Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), depois da denúncia de que os PMs teriam cometido uma série de excessos, como agressões, tortura e racismo.
A Corregedoria da PM também apura os supostos abusos e, nas investigações, identificou dois policiais que participaram da abordagem. Eles devem permanecer afastados da corporação até a conclusão do inquérito policial militar aberto pela PM. Caso sejam comprovados os excessos, as punições previstas variam de repreensão a expulsão. Os nomes e as patentes dos policiais afastados não foram divulgados.
Cerca de 15 policiais militares participaram da ação sob investigação. A PM não descarta que outros venham a ser identificados e, consequentemente, afastados. Todos estão lotados na 3ª Companhia do 20º Batalhão da PM.
O caso
Segundo a PM, a ação começou depois que uma equipe flagrou um motociclista sem capacete fazendo manobras perigosas na Rua Rio Guaíba, no Bairro Alto, por volta das 19 horas de sábado (24). O motoqueiro teria desobedecido a ordem de parar e entrado em uma casa. Moradores da casa negam que tenham havido perseguição e afirma que o rapaz apenas estava com a moto ligada, mas parada, em frente à residência.
A ação desastrosa teria começado a partir desta abordagem. De acordo com moradores e vizinhos, policiais militares invadiram a casa e agrediram várias pessoas, entre ela uma idosa de 74 anos e uma adolescente portadora de deficiência física. Vídeos gravados por vizinhos mostram o grande número de viaturas paradas em frente à residência e uma aglomeração de policiais e moradores.
Em um vídeo divulgado pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (AbraCrim) e entregue ao Gaeco, seis pessoas afirmam ter sido agredidas. As imagens também mostram vários cômodos da casa e peças de roupas sujos de sangue, após a ação policial. Também é possível ver um pedaço de cassetete, possivelmente usado pelos policiais.
Onze pessoas foram presas, entre elas a advogada Andréia Cândidos Vítor. Ela afirma ter sido levada com outros três suspeitos a um módulo policial, na Praça da Liberdade, onde os quatro teriam sido torturados com tapas no rosto e pontapés. Ela ainda teria sido vítima de injúria racial.
Na descrição da ocorrência, os policiais afirmam que foram hostilizados por moradores e que precisaram usar armas não letais, como teasers e bastões. Eles descrevem que as viaturas foram recebidas a pedradas, mas em nenhuma das imagens apresentadas é possível comprovar esta versão.
VIDA E CIDADANIA | 2:15
Segundo denúncias feitas por moradores do Bairro Alto, policiais militares teriam agido de forma truculenta durante uma abordagem. Os moradores acusam os PMs de agressão e racismo. Denúncia será investigada, segundo a corporação
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora