O soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, integrante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), está preso administrativamente sob suspeita de envolvimento na chacina de Osasco e Barueri, que deixou 18 mortos.

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O PM foi reconhecido por uma fotografia mostrada a uma testemunha, que o identificou como autor do disparo que feriu uma pessoa na Rua Suzano, no bairro Vila Menck, em Osasco, um dos dez pontos de ataque. Ele é o primeiro suspeito detido nas investigações do caso.

Secretário confirma cumprimento de mandados contra 18 policiais militares

Ação faz parte das medidas adotadas pelas equipes de investigação da Corregedoria da Polícia Militar e da Força Tarefa da Polícia Civil, empenhas em tentar esclarecer os responsáveis pelas 18 mortes

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Eleutério, que nega envolvimento na chacina, responde a cinco processos no Estado e já havia sido preso em abril de 2013 sob suspeita de integrar um grupo de extermínio. Antes da prisão, atuava na área administrativa da corporação e era obrigado a cumprir medidas restritivas: permanecer em casa durante os fins de semana, não se ausentar de Osasco sem prévia autorização da Justiça, não frequentar bares e boates e também não se aproximar de testemunhas dos processos.

O ataque na Rua Suzano ocorreu às 22 horas do dia 13, deixou dois feridos e foi o sétimo da chacina. A força-tarefa que apura as mortes acredita que os homicídios foram praticados por três grupos, ligados entre si.

O soldado prestou depoimento ao capitão Rodrigo Elias da Silva, da Corregedoria, na sexta-feira, 21, e disse que na noite dos crimes estava na casa da namorada, onde comeram pizza e assistiram a um filme. Soube por WhatsApp que ataques haviam ocorrido em Osasco e, posteriormente, seguiu para sua casa. Além da namorada, segundo ele, a sogra, a diarista da casa e o motoboy que levou a pizza o viram na noite dos crimes. Ele não se recordou do nome da pizzaria onde pediu a refeição.

Eleutério negou conhecer o cabo Avenilson Pereira de Oliveira, vítima de latrocínio em um posto de combustível de Osasco. Uma das linhas de investigação é a de que a chacina seria um ato de vingança de colegas de Oliveira, após a morte do policial.

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Durante o depoimento, o soldado da Rota liberou acesso a sua conta Google e aos dados do celular. Questionado se tinha arma particular, disse que sim. “Pistola Glock, calibre 380, que se encontra apreendida no Fórum de Carapicuíba.”

Além de prendê-lo, a Corregedoria pediu à Justiça Militar a expedição de mandado de busca e apreensão na residência do policial e de outros 17 PMs, além de um civil.