O comando da Polícia Militar do Rio determinou a prisão administrativa de quatro policiais apontados como responsáveis por agredir jornalistas no domingo (13) durante uma manifestação na Praça Saens Peña, na Tijuca, zona norte do Rio. A PM abriu ainda três inquéritos para apurar a conduta dos policiais.
"Não compactuo com violência, seja ela praticada por agentes públicos ou por pessoas que tentam se aproveitar de manifestações democráticas para causar tumulto, danos e transtornos ao Rio", disse o governador Luiz Fernando Pezão.
Os PMs detidos são os soldados Carlos Henrique Ferreira, Cristiano Ximenes, Jair Portilho Júnior e Rogério Costa de Oliveira. Eles receberam determinação para se apresentar ao Batalhão de Grandes Eventos, na região central da cidade, onde permanecerão presos por 72 horas.
As filmagens feitas no local e as apurações iniciais da PM já descobriram que o soldado Carlos Ferreira foi apontado como agressor do cinegrafista canadense Jason Ohara. Já o soldado Ximenes teria roubado a câmera do mesmo fotógrafo.
Portilho Júnior teria agredido um fotógrafo e o soldado Oliveira é apontado como agressor de um manifestante. Ele ainda aparece em um vídeo, feito por um cinegrafista amador, chutando uma jovem duas vezes.
Uma sindicância ainda foi aberta para apurar a informação de que um policial assediou uma manifestante. O caso também teria sido filmado.
No domingo, dia da final da Copa, uma manifestação foi realizada nas ruas da Tijuca. Cerca de 500 pessoas, segundo a PM, estavam no protesto. Algumas ficaram cercadas pela polícia em uma praça, impedidas de entrar ou deixar o local.
Essa foi a estratégia adotada pelos policiais para impedir tumultos nos acessos ao estádio. Além das acusações de agressões praticadas pelos policiais houve relatos de que os PMs jogaram bombas de gás contra os manifestantes.