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O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Rodrigo Larson Carsten, negou que a causa da rebelião na Penitenciária Central do Estado tenha sido a retirada da PM do presídio. Segundo Carsten, a rebelião não teria sido evitada com a força policial. "Os policiais que de lá foram retirados reforçam o policiamento de rua e outras atividades, protegendo a população. O que aconteceu na PCE é que presos de facções criminosas rivais, que eram inimigos, entraram em confronto", disse. Os oficiais, contudo, fazem a segurança ao redor da cadeia para evitar e controlar possíveis fugas.

O Secretário de Estado da Jus­­tiça e da Cidadania, Jair Ramos Braga, no entanto, avalia que a retirada da PM facilitou a rebelião. "Eles (os presos) só obedecem porque a polícia está armada", afirmou. Braga admitiu que os aparelhos para cortar o sinal telefônico nas proximidades não funcionam. "Há pouco tempo (dois meses) foi feita uma varredura e foram pegos 24 celulares aqui dentro." Segundo ele, existe conivência de alguns agentes penitenciários, que facilitam a entrada dos celulares. "Existem cerca de 80 processos administrativos contra agentes."

Braga disse que existe a possibilidade de a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ter atuado na rebelião. Teria havido conexão entre Curitiba e São Paulo, passando por Londrina, para organizar o motim. Na terça-feira, 30 presos foram transferidos do presídio para diminuir o risco de rebe­­liões.

O corregedor dos presídios, juiz Marcio Tokars, avalia que a presença dos policiais não teria impedido o motim. "O número de policiais era muito pequeno e a participação deles poderia ter agravado a situação. Prova­­velmente haveria troca de tiros."Colaborou Vinicius Boreki

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