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Vídeo| Foto: TV Paranaense

Uma nova denúncia envolvendo policiais militares na morte de um rapaz, desta vez em Laranjeiras do Sul, na região Sul do estado, veio à tona no início da noite desta segunda-feira. A corporação, cujo lema é proteger e servir, está envolvida em pelo menos cinco casos que deturpam sua imagem e seu ideal perante a sociedade. (veja os casos)

Segundo reportagem do Paraná TV, segunda edição, o caso ocorreu em 2005, mas só agora - um ano e meio depois - é que os suspeitos, um delegado e dois policiais militares, estão sendo acusados da morte de Maicon Antônio Minski, de 18 anos. O rapaz estava num churrasco com amigos quando um vizinho ligou para a polícia reclamando do barulho. A Polícia Militar foi acionada e Minski foi preso e levado para a delegacia de Laranjeiras do Sul. Durante a madrugada, a família foi informada que o rapaz estava morto. Segundo a polícia, ele tinha se enforcado dentro da cela.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestou morte por enforcamento, mas mesmo assim o irmão do rapaz, Fracenildo Minski, desconfiou do suicídio e ao ver os machucados no corpo do irmão resolveu entrar na justiça depois do enterro. "Até agora nenhum policial foi punido. Não se sabe se isso (os machucados) aconteceu na delegacia ou na ida até a delegacia", disse.

Há um ano, a pedido da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) da região, dois peritos de Curitiba foram até Laranjeiras do Sul para exumar o corpo do rapaz. A perícia concluiu que Minski não morreu asfixiado por enforcamento, mas devido a um traumatismo na cabeça e no peito. Os médicos do IML que atestaram que o rapaz morreu por asfixia estão sendo processados.

O delegado, que não trabalha mais na cidade, e os dois policiais civis acusados, são suspeitos de montar a cena do enforcamento. Eles também respondem processo por negar atendimento médico ao rapaz que teria chegado ferido na delegacia.

De acordo com a promotoria, Minski chegou à delegacia duas horas depois de ser preso. "Foi feito todo um cenário como se tivesse acontecido um suicídio na delegacia quando na realidade, a morte dele foi causada pelas agressões sofridas", resumiu a promotora Silvana Loureiro.

O delegado de Laranjeiras do Sul, Lino Lopes, nega a versão da Promotoria. "Ele (Minski) chegou vivo e infelizmente no setor de carceragem provisória praticou suicídio da modalidade enforcamento. E no momento da retirada do corpo dele, os cadarços do tênis que estavam amarrados um ao outro arrebentarem e ele teve uma queda forte batendo a base do crânio", diz.

Os dois policiais militares envolvidos no caso continuam trabalhando na cidade. Segundo o comandante da PM, Gilmar Santana, "eles prestam serviço administrativo na companhia". O processo que envolve os policiais militares está sendo conduzido pela Justiça Militar.

A reportagem da Gazeta do Povo Online procurou a Secretaria de Segurança Pública do Paraná para se manifestar, mas a assessoria informou que vai apurar o caso.

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