São Paulo O pronunciamento do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito, desagradou a sindicalistas que representam controladores. Para duas importantes lideranças, algumas das medidas anunciadas revelam a guerra nos bastidores entre oficiais e sargentos e poderão provocar nova paralisação geral no setor. "O governo está agindo como se a crise no setor da aviação se restringisse apenas aos profissionais de segurança de vôo. Então, amordaçando-os, estaria resolvida", disse Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção de Vôo.
O agente de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas Carlos Camacho afirmou que o pacote do comando da Aeronáutica é um conjunto de "contramedidas" para evitar os problemas que podem vir com a paralisação geral dos controladores de vôo. "Existe uma guerra tácita entre sargentos e o oficialato. Os oficiais estão esperando uma greve geral e tomaram contramedidas para tentar diminuir os problemas", analisou.
Camacho avalia que transferir mão-de-obra dos diferentes Cindactas é uma medida inviável porque todos estão trabalhando no limite. Ele também prevê que a prisão de controladores pode transformar-se em uma bola de neve.
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