| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Departamento da Polícia Civil (DPC) afirmou, nesta segunda-feira (2), que pouco mais de mil coletes balísticos da corporação estão vencidos. A informação contradiz a Associação dos Delegados do Paraná (Adepol), que havia afirmado que 90% dos policiais civis estariam sem o equipamento de proteção, o que equivaleria a mais de três mil unidades. A discussão ocorre em meio a suspeitas no recondicionamento de 11,2 mil coletes das forças policiais do Paraná.

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Segundo nota emitida pelo DPC, a maior parte dos coletes vencidos está com policiais que atuam na área administrativa. A Polícia Civil afirma ainda que a corporação está em vias de receber um lote de 580 novas unidades, doadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Além disso, está em andamento um pedido à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para licitação de outros coletes.

Após mobilização da Adepol, dezenas de delegados enviaram ofícios à Sesp, informando que não participarão de operações policiais enquanto os novos equipamentos não forem entregues aos servidores. Associações de policiais militares também reclamam que a falta do material também afeta a corporação.

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Investigação

Desde o fim de abril, a Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam) investiga o “recall” em 11,2 mil coletes balísticos das forças de segurança do Paraná. Em uma operação, o departamento apreendeu 540 unidades do equipamento de segurança, que eram recondicionados em um galpão na região metropolitana.

Segundo a Deam, os coletes eram reforçados com uma manta extra de aramida - material usado neste tipo de equipamento – e, em seguida, tinham a identificação adulterada, de modo a ampliar a validade em um ano. A polícia constatou que parte do volume apreendido estava vencido e parte, em vias de vencer.

A investigação apontou que a violão da validade dos coletes infringe a portaria nº 18/06 do Exército, que explicita que a validade dos coletes é “improrrogável” e que os coletes vencidos devem ser destruídos. De acordo com a Deam, a empresa fabricante, que fazia o recondicionamento dos coletes, não tinha as autorizações e documentações exigidas para fazer o procedimento no Paraná.