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PF realiza operação para prender quadrilha que agia no Paraná e nos EUA

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Quarenta e uma pessoas foram presas nesta terça-feira (26) acusadas de integrar uma quadrilha especializada em furtar dinheiro de contas bancárias usando a internet. Batizada como "Operação Anti-Spam", a ação foi deflagrada desde a madrugada por policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil.

A operação aconteceu nos municípios de Apucarana e Londrina, na região Norte do estado, e em Guaratuba, no litoral paranaense. Todos os detidos foram encaminhados para o Ginásio de Esportes Lagoão, em Apucarana.

Só nesta cidade foram cumpridos 23 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, além de 36 mandados de busca e apreensão. Outros quatro mandados foram cumpridos em Londrina e dois em Guaratuba. Na cidade litorânea a polícia prendeu Allan Denis Pereira de Souza Oliveira, 22 anos, apontado como o principal integrante do grupo. Além dele, são apontados como co-autores das fraudes Marcelo Renato Rodrigues, Leandro Henrique Ross, Alessandro Daniel Ross e Marcos Ereira Júnior. A operação contou com a participação de 200 policiais e 70 viaturas.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o grupo comandado por "piratas de computador", chamados também de "hackers", contava com a colaboração de correntistas que recebiam parte do dinheiro furtado das contas. Seis deles, estão foragidos (veja tabela com os nomes abaixo). A polícia estima que a quadrilha tenha lucrado perto de R$ 3 milhão, em saques ilegais de contas de todos os lugares do Brasil.

Durante a operação, os policiais apreenderam equipamentos de informática, celulares, veículos, HD’s, notas fiscais, extratos bancários, cartões bancários, talões de cheque, boletos e faturas de luz e telefone. A Justiça também decretou o seqüestro de nove veículos e também das instalações de duas empresas.

Foram bloqueadas 23 contas bancárias do grupo. "Pedimos ao Banco Central que nos ajude a fazer uma busca nacional para encontrar outras contas nos nomes dessas pessoas para que possam ser imediatamente bloqueadas", disse o coordenador estadual do Nurce, delegado Sérgio Inácio Sirino.

Segundo o delegado, os hackers devem responder pelo crime de formação de quadrilha (1 a 3 anos de reclusão), furto qualificado mediante fraude (2 a 8 anos de reclusão), responderão ainda sobre interceptação de fluxo de comunicações em sistema de informática (2 a 4 anos mais multa), crimes de lavagem de bens e dinheiro (3 a 10 anos mais multa) e sobre o sigilo das operações financeiras (1 a 4 anos de prisão mais multa).

Já os "coletores", ou seja, os que procuravam correntistas dispostos a fornecer dados bancários em troca de dinheiro, serão indiciados como co-autores do furto qualificado mediante fraude e responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro. Os subcoletores e "fornecedores", os que se propunham a fornecer os dados da conta bancária, devem responder por furto mediante fraude.

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