O Ministério Público do Paraná (MP-PR) já está com o inquérito policial sobre a morte do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos. Três vigilantes da empresa Centronic são acusados de torturar o jovem e de assassiná-lo com um tiro na cabeça. Marlon Balem Janke, de 30 anos, é o principal suspeito de ser o autor do disparo, segundo a Polícia Civil.
Na manhã de quinta-feira (25), os outros dois vigilantes acusados de participação no assassinato fizeram a reconstituição do crime em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, onde o corpo de Bruno Strobel foi encontrado. O delegado Jairo Amodio Estorílio entregou o inquérito policial ao promotor Marcelo Briso Machado, de Almirante Tamandaré, no fim da tarde de quarta-feira (24).
O promotor adiantou que vai pedir mais algumas diligências para a Polícia Civil. "Vou analisar o processo neste fim de semana. Vai ser uma lição de casa", explicou o promotor Machado, que vai precisar de tempo para ler aproximadamente 200 páginas do processo.
"São muitas informações que precisam ser digeridas, lidas com atenção, para que haja reflexão", afirmou o promotor. Segundo Machado, as novas providências pedidas para a polícia são laudos e a confirmação do nome de uma pessoa que foi citada durante os autos do inquérito policial.
"Quero um laudo de como é a estrutura física da Centronic. Como é a garagem, se fica muito longe da empresa. Quantos metros têm a garagem, se é independente do prédio. Preciso saber esses dados. Quem vai julgar precisa saber desses detalhes", esclareceu.
A previsão do promotor é que por volta de quarta ou quinta-feira da próxima semana (31 ou 1°) a denúncia contra os acusados esteja pronta. "Teremos uma posição mais consolidada de quem será denunciado e por quais crimes". De acordo com Machado, no caso da morte de Bruno houve os crimes de seqüestro, cárcere privado, tortura e homicídio qualificado. "Somente para o homicídio qualificado a pena máxima é de 12 a 30 anos. É difícil precisar a quantidade de pena a que os autores serão condenados. Houve vários delitos acumulados", definiu.
Crime
Bruno tinha 19 anos e desapareceu no último dia 2. Ele foi encontrado morto uma semana depois por um garoto de 14 anos que mora a 200 metros do local onde o corpo foi deixado. Ninguém da família do menino afirma ter ouvido tiros nas imediações. O estudante teria sido assassinado pelos funcionários da Centronic depois de ter sido flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória.
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