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A Polícia Civil confirmou a morte do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, de 59 anos. O corpo do grego foi encontrado num carro carbonizado e abandonado no Arco Metropolitano, anel viário da Região Metropolitana do Rio, na entrada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, segundo informações do RJTV, telejornal da TV Globo. Amiridis estava desaparecido desde a última segunda-feira (26) e as primeiras investigações da polícia apontam forte possibilidade de crime passional.

A polícia pediu à Justiça a prisão de quatro pessoas que teriam planejado o assassinato, entre elas da mulher diplomata, uma brasileira, e de um policial militar que teria um relacionamento amoroso a embaixatriz.

A esposa do embaixador compareceu a um interrogatório, nesta sexta-feira (30), na delegacia. Segundo uma fonte ligada à investigação ouvida pela AFP, a mulher já tinha sido interrogada na véspera, mas “o chefe da Divisão queria voltar a vê-la”.

“O crime passional é a linha mais forte da investigação”, disse a fonte.

A versão inicial, segundo a qual o diplomata teria saído sozinho em um carro que alugara, seria mentirosa. A vítima teria sido morta na casa onde estava, em Nova Iguaçu, e seu corpo retirado de madrugada.

Amiridis, de 59 anos, estava de férias com a família no Rio e tinha previsto voltar a Brasília em 9 de janeiro. Mas sua esposa, a brasileira Françoise Amiridis, denunciou na quarta-feira (28) que não tinha notícias do marido desde a noite de segunda-feira, quando ele teria saído do apartamento que mantinham em Nova Iguaçu, na Baixada .

Os sinais de alerta soaram na quinta-feira, quando um carro carbonizado com um corpo dentro foi encontrado debaixo de um viaduto desta região, marcada por altos índices de criminalidade.

As autoridades gregas confirmaram em Atenas que o carro era o mesmo alugado pelo embaixador. O veículo se encontrava nesta sexta-feira no depósito da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, segundo uma jornalista da AFP. A polícia realiza nova perícia no carro alugado pela vítima, além de um sofá e material de câmeras de segurança.

Hipótese de sequestro descartada

O delegado Evaristo Pontes, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, tinha descartado na véspera a hipótese de sequestro, por causa da ausência de qualquer tentativa de contato com a família. Ele explicou que sua seção havia se encarregado do caso porque a Polícia Federal considerou que o desaparecimento de Amiridis não tinha relação com seu cargo diplomático.

Amiridis era embaixador da Grécia no Brasil desde este ano. De 2012 a 2016, foi embaixador na Líbia. De 2001 a 2004, tinha sido cônsul-geral no Rio de Janeiro.

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