A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou, nesta sexta-feira (9), as fotos do registro de prisão do goleiro Bruno Fernandes, que era do Flamengo, e do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Paulista ou Bola.
Os dois foram presos por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo depoimentos ouvidos pela polícia, a jovem foi agredida e morta.
Bruno se entregou à polícia no Rio, junto com o amigo Luiz Henrique Romão, conhecido Macarrão, que também teria participação no crime, de acordo com a polícia. Os dois negaram. Eles foram transferidos para Minas Gerais na noite de quinta-feira (8) e encaminhados à penitenciária Nelson Hungria.
Bola foi preso em Belo Horizonte, na noite de quinta, e foi levado ao mesmo presídio.
Nesta manhã, os três foram levados ao Departamento de Investigações e se negaram a ceder material genético que seria comparado a vestígios de sangue encontrados em um carro de Bruno que foi apreendido. Segundo a perícia, havia sangue de Eliza no mesmo veículo.
Novo advogado
O advogado Zanone Júnior assumiu, nesta sexta-feira, a defesa de Marcos Paulista dos Santos. Inicialmente, os defensores dele eram Bernardo Diogo Vasconcelos e Roberto de Assis Nogueira. Segundo Roberto de Assis Nogueira, a defesa foi abandonada "por questões de foro íntimo e econômico".
Investigações
Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho. Nascida em Foz do Iguaçu (PR), ela se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com Bruno. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010. Desde então, Eliza buscava na Justiça o reconhecimento de paternidade.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).
Na última terça-feira (6), um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta.
Na quarta-feira (7), foi decretada a prisão de sete pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento de Eliza em Minas Gerais, além da internação provisória do menor. No mesmo dia, a Justiça do Rio decretou a prisão de Bruno e de um amigo dele, Luiz Henrique Romão, conhecido Macarrão. A polícia fluminense diz que os dois são suspeitos de participação no sequestro de Eliza.