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Cão farejador foi usado para tentar estabelecer o caminho seguido pelo engenheiro Renato Moreira Brandão: procedimento foi frustrado | Felippe Anibal / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Cão farejador foi usado para tentar estabelecer o caminho seguido pelo engenheiro Renato Moreira Brandão: procedimento foi frustrado| Foto: Felippe Anibal / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • O engenheiro civil Renato Moreira Brandão está desaparecido desde a manhã de 13 de setembro

As buscas pelo engenheiro civil Renato Moreira Brandão, de 54 anos, desaparecido desde o dia 13 de setembro em Curitiba, ganharam o reforço de um cão farejador nesta terça-feira (20). A pedido da Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC), que investiga o caso, o Grupo Operacional de Socorro Tático (Gost), do Corpo de Bombeiros, foi ao apartamento do engenheiro com um cão farejador da raça Bloodhound Inglês. Apesar do esforço, o cão não conseguiu estabelecer o rastro deixado por Brandão.

O objetivo do procedimento era definir se o engenheiro deixou o prédio pela garagem ou pelo portão principal, o que ajudaria a polícia a saber se ele usou uma bicicleta para o deslocamento. Segundo o capitão Daniel Lorenzetto, do Gost, por causa do tempo desde o desaparecimento e a grande contaminação do ambiente, o procedimento não obteve sucesso. Como a tentativa foi frustrada, a polícia não deve usar o cão farejador em uma nova busca. O capitão Lorenzetto ainda esclarece que, mesmo que o procedimento tivesse ocorrido antes, poderia não ter dado certo, porque o ambiente urbano é muito contaminado.

Passeata

Pela manhã desta terça-feira (20), cerca de 200 pessoas participam de uma caminhada organizada pela família de Renato Moreira Brandão. Ele desapareceu, em Curitiba, na manhã de 13 de setembro, quando saiu de casa para caminhar ou pedalar. Os manifestantes saíram da Praça Santos Andrade, da frente do Teatro Guaíra, no Centro de Curitiba, às 12h30 e seguiram em direção à Boca Maldita.

A mulher de Renato, Mirian Isabel Weiss Brandão, afirmou que o objetivo do ato é não deixar que o caso seja esquecido e também lembrar de outras pessoas que desapareceram na capital. "Quem sabe alguém tenha informações sobre o paradeiro dele e possa ajudar a encontrá-lo". Panfletos com a foto do engenheiro foram entregues à população.

Bicicleta de engenheiro também sumiu

Uma das bicicletas do engenheiro civil não foi encontrada. Segundo, ele tem duas bicicletas e às vezes deixava uma delas na casa da mãe. A família constatou que apenas um dos equipamentos estava na casa do casal e que a segunda bicicleta não estava na casa da mãe. "Essa bicicleta não estava no conserto. Acredito que ele tenha saído com ela naquela manhã", afirmou a mulher do engenheiro.

A família não tem pistas sobre paradeiro de Brandão. A Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC), que investiga o caso, também não recebeu nenhuma informação sobre a localização do engenheiro.

Investigação

Segundo o delegado Marcelo Lemos de Oliveira, responsável pela DVC, a polícia está conversando com familiares, amigos e pessoas que mantinham algum tipo de relacionamento com o engenheiro. Além disso, os policiais estão nas ruas, tentando coletar imagens de câmeras de segurança que ficam nas proximidades da casa da família. De acordo com Oliveira, o engenheiro não tinha problemas financeiros, mas estava emocionalmente abalado por conta de problemas de saúde em sua família.

Caso

Renato Moreira Brandão saiu da casa da família, na Rua Colombo, no bairro Ahú, em Curitiba, para caminhar na manhã de terça-feira (13) e não deu mais notícias desde então. Segundo sua mulher, Mirian Isabel Weiss Brandão, o engenheiro não tinha o costume de caminhar todos os dias. "Às vezes ele saía para fazer uma caminhada. Eu acredito que ele saiu para andar para relaxar, para desestressar e acabou acontecendo alguma coisa", desabafa.

Mirian conta que ela saiu para trabalhar por volta das 7h30 e que o marido deve ter saído para caminhar entre este horário e 9h, quando foram registradas chamadas não atendidas em seu telefone celular. Ele só levou a chave: documentos e celular ficaram em casa. Ainda segundo a mulher, ele não tinha um itinerário fixo para as caminhadas.

Renato é autônomo e trabalhava em casa. Sua filha, que voltou para a residência ao meio-dia, estranhou a ausência do pai, mas acreditou que ele poderia ter saído a trabalho. Mirian entrou em contato com os amigos do marido durante a tarde, mas nenhum esteve com o marido.

A família registrou o boletim de ocorrência do desaparecimento do engenheiro e já percorreu hospitais, Instituto Médico Legal (IML), Fundação de Ação Social (FAS) e parques além de ter entrado em contato com rádio-táxis e meios de comunicação e distribuir panfletos pelo bairro.

Serviço

Informações sobre o engenheiro podem ser repassadas à Delegacia de Vigilância e Capturas pelo telefone (41) 3219-9700.

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