A Polícia Civil de Maringá (PR) encontrou na tarde deste sábado (3) um leão no criadouro do ex-dono de Rawell, animal que foi furtado em Monte Azul Paulista (400 km de São Paulo) anteontem.
A polícia cumpria um mandado de busca no criadouro do homem, que é o principal suspeito pelo furto, quando localizou o animal.
As equipes da polícia continuam no local e, até as 16h20, o ex-dono não havia sido localizado.
Antônio Brandão Neto, delegado plantonista de Maringá, disse que ainda não há a confirmação de que o animal encontrado seja Rawell.
O ex-dono de Rawell, que foi doado ao Criadouro Conservacionista São Francisco de Assis há cerca de cinco anos, foi apontado como suspeito após um ex-funcionário do local ter dito a polícia que o viu rondando o local dias antes do furto.
Imagens feitas pela câmera de uma chácara vizinha, na madrugada em que ocorreu o furto, mostram dois homens caminhando em uma rua que dá acesso ao criadouro. Cerca de 30 minutos depois, as imagens mostram uma caminhonete com uma jaula na carroceria.
A reportagem tentou contato com o ex-dono do leão na tarde deste sábado, mas não conseguiu localizá-lo.
Doação
O médico Oswaldo Garcia Júnior, um dos coordenadores do criadouro, disse que o ex-dono teria doado o leão porque queria trabalhar apenas com a exposição de tigres.
Ainda de acordo com Garcia Júnior, há alguns meses o homem teria procurado a ONG para buscar o animal. Ele seria usado em um comercial de televisão. No entanto, os coordenadores não permitiram que o leão fosse levado.
O animal pesa cerca de 300 quilos, tem nove anos de idade e era alimentado diariamente com aproximadamente cinco quilos de carne por dia.
A principal hipótese é de que ele foi dopado por dardos, tirado do recinto onde ficava, e arrastado até uma jaula em uma carroceria de uma Saveiro, usada durante a ação.
A Polícia Ambiental também emitiu alerta para todas as bases operacionais de São Paulo.
Segundo a polícia, o ex-dono é o principal suspeito pelo furto do animal.
O leão foi doado ao Criadouro Conservacionista São Francisco de Assis há cerca de cinco anos.