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Curitiba

Polícia faz reconstituição da morte de Louise; suspeitos seguem presos

Na sexta-feira (15), polícia realizou reconstituição do crime | Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Na sexta-feira (15), polícia realizou reconstituição do crime (Foto: Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A polícia fez a reconstituição do crime e pediu a prisão preventiva dos três suspeitos de assassinar a universitária Louise Sayuri Maeda, 22 anos, em maio deste ano. A simulação foi feita durante a noite de sexta-feira (15) e durou duas horas. Os três suspeitos seguem presos.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp)divulgou inicialmente que a prisão preventiva havia sido decretada, mas depois corrigiu a informação, avisando que, por enquanto, há apenas a solicitação.

O pedido de prisão preventiva visa manter detidos até o julgamento Fabiana Perpétua de Oliveira, 20 anos, Márcia do Nascimento, 21, - colegas de trabalho da jovem - e Elvis de Souza, 20, acusados de armar uma emboscada e matar a jovem. A prisão temporária de Márcia e Fabiana venceria na segunda-feira (18), quando as duas completariam 30 dias presas. Já a de Elvis iria até o dia 23 de julho. O trio segue detido.

Os três suspeitos participaram na sexta-feira da reconstituição do crime. Os trabalhos começaram por volta das 21h40, na Avenida Cândido de Abreu, Centro Cívico, ao lado do shopping onde Louise trabalhava, e de onde seguiu com as colegas no carro de Elvis.

Segundo a Sesp, os depoimentos dos suspeitos informam que a jovem seguiu de carro com eles para o bairro Campo do Santana, na região sul de Curitiba, para buscar um amigo de Márcia e irem juntos a um barzinho. No caminho, no entanto, Márcia teria simulado passar mal, e pediu que Elvis – com quem teria um relacionamento – parasse o carro. Neste local, Louise foi morta com dois tiros na cabeça e jogada no rio.

De acordo com a polícia, Elvis ajudou pouco na reconstituição. A versão dele foi encenada com base nos depoimentos. Nos interrogatórios, os três suspeitos confirmaram que Elvis fez o primeiro disparo. A partir daí, Fabiana e Márcia deram versões diferentes. Fabiana relatou que, quando ouviu o tiro, já estava dentro do carro, e que não colaborou com os comparsas para jogar Louise no rio. Ela disse que não ouviu o segundo disparo contra a estudante.

Márcia disse que a amiga teria ajudado a jogar o corpo de Louise no rio, porque a vítima era pesada. A suspeita, na reconstituição, não relata o segundo tiro, que, como consta na versão de Elvis teria sido dado por ela.

Para o delegado Marcelo Lemos, responsável pelas investigações, a versão que Fabiana apresentou é a que mais se aproxima das informações contidas no inquérito policial. Já as versões dadas por Elvis e Márcia seriam inconsistentes.

A conclusão do inquérito, com respostas sobre a motivação do crime, deve ser divulgada no início da próxima semana.

Crime

Louise desapareceu em 31 de maio após sair do trabalho. Ela era supervisora de uma iogurteria em um shopping da capital.

O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba. O cadáver trajava as roupas que a universitária usava quando desapareceu, mas como estava em avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi feito por meio de um exame papiloscópico (de confronto de digitais) no IML.

Duas mullheres foram detidas no dia seguinte à confirmação da morte da universitária, suspeitas de participar do assassinato com a ajuda de um rapaz. Em uma coletiva realizada no dia 20 de junho, a polícia revelou que Louise foi vítima de uma emboscada, que teria sido articulada por duas colegas de trabalho. O motivo ainda não foi esclarecido, a primeira hipótese apresentada pela polícia – e até agora não confirmado – era de que Louise teria descoberto que uma das funcionárias estaria desviando dinheiro do caixa.

As suspeitas foram identificadas pela polícia como Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, e Márcia do Nascimento, de 21 anos. Élvis de Souza, de 20 anos, que teria um relacionamento com Márcia também é suspeito de envolvimento no crime. Ele se entregou à polícia no dia 23 de junho, mesmo dia que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.

A bolsa que Louise carregava na noite do crime foi encontrada na casa do pai de Élvis. O objeto foi localizado durante as buscas que foram feitas por policiais no imóvel. O carro do rapaz também é considerado o provável veículo utilizado para levar a jovem até o local do crime.

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