Rachel Genofre foi assassinada em novembro de 2008| Foto: Álbum de família

Após quatro anos sem solução, o assassinato da menina Rachel Lobo Oliveira Genofre passou a ser investigado sob o comando do delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios. Há duas semanas, a especializada tem recebido novas denúncias, por meio de telefonemas, e-mails ou pessoalmente, que resultaram no aparecimento de outros dez suspeitos.

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"Recebemos inúmeras informações, inclusive nomes de pessoas. Claro que tem gente que cita esses nomes para prejudicar alguém, mas estamos trabalhando nesses novos fatos", afirmou o delegado. Além de analisar as denúncias recentes, a polícia vai continuar a trabalhar com o que já foi levantado até o momento. "Nossa linha de investigação vai dar continuidade aos sete volumes do inquérito, mas pretendemos ouvir novamente algumas pessoas", informou. Suspeitos que foram descartados pelo exame de DNA vão continuar sob investigação, conforme Recalcatti.

O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios, em 5 de novembro de 2008, dia em que o corpo da criança foi encontrado na Rodoviária de Curitiba, mas dias depois foi designado à delegada Vanessa Alice, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Há aproximadamente dois meses, a delegada foi afastada por motivos médicos e o caso retornou - há duas semanas - para a Homicídios, de acordo com a Polícia Civil.

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O caso

Rachel desapareceu na tarde do dia 3 de novembro, após sair da escola. O corpo foi encontrado dois dias depois dentro de uma bolsa, em posição fetal, envolvido em dois lençóis. Ela foi morta por asfixia mecânica provocada por esganadura e apresentava diversos sinais de agressões. Havia sacolas plásticas na cabeça da menina, que estava com a camiseta de uniforme da escola e nua da cintura para baixo.

Foi coletado sêmen do corpo de Rachel. O material é comparado com o DNA de suspeitos para comprovar a autoria. Até novembro de 2011, no entanto, quase 100 exames já haviam sido realizados e todos deram negativo.

A polícia paranaense viajou a quatro estados para interrogar suspeitos. Além disso, os investigadores visitaram hotéis, estabelecimentos comerciais e edifícios residenciais, além de ter analisado imagens de todas as câmeras de segurança entre a escola que Rachel estudava e a rodoviária.