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Caso Glauco

Polícia Militar de São Paulo confirma que Cadu ligou para o 190 na noite do crime

A Polícia Militar de São Paulo confirmou nesta sexta-feira (19) que recebeu duas ligações do celular de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, acusado de matar o cartunista Glauco e o filho dele, Raoni. As ligações foram recebidas na noite do crime, por volta das 0h30.

A informação surgiu do depoimento dado por Cadu em Foz do Iguaçu, onde ele está preso na sede da Polícia Federal. Cadu disse que pretendia se entregar, mas que a polícia não lhe deu atenção.

Em comunicado, a PM de São Paulo disse que a pessoa que ligou narrava coisas desconexas e não dizia onde estava. Por isso, o atendente do 190 teria pedido que ele procurasse um distrito policial.

O crime

Glauco e Raoni levaram quatro tiros cada um. O cartunista estava em casa com a família, no mesmo terreno onde fica a Igreja Céu de Maria, da doutrina do Santo Daime.

De acordo com a polícia, o plano de Cadu era levar Glauco até a casa de sua mãe para ele convencê-la de que o irmão dele seria o Cristo reencarnado. Na casa do cartunista, Cadu ameaçou atirar em Glauco diante de sua recusa em seguir com ele. Com a confusão, Raoni chegou ao local e houve uma discussão. Foi quando o suspeito atirou nas duas vítimas.

Após os disparos, Cadu ficou escondido na mata próxima à casa do cartunista até o início da manhã seguinte. Segundo o rastreamento de seu telefone celular, ele tentou se aproximar da casa da família outras duas vezes.

Na manhã de domingo (14), pegou um ônibus e depois roubou um carro na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Depois, seguiu para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde tentou fugir para o Paraguai. Na fuga, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.

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