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Apesar da liminar concedendo a reintegração de posse aos donos da fazenda Kely, em Cascavel, no Oeste do estado, as famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) permanecem no local. De acordo a polícia, a ação depende de autorização do governo do estado e por isso não foi cumprida a ordem judicial.

A Justiça concedeu nesta quinta-feira liminar de reintegração de posse em favor da proprietária da fazenda Kely, Terezinha Brambila, ocupada quarta-feira (7) pelas famílias. A ocupação foi pacífica e inaugurou o prometido "Setembro Vermelho" no Paraná.

Os advogados da proprietária da fazenda entraram com uma ação de manutenção de posse no mesmo dia da ocupação. A juíza Sandra Bauermann acatou o pedido e determinou a saída imediata dos sem-terra da área. A decisão foi comunicada na quinta-feira (8) pelos oficiais de Justiça aos ocupantes, que prometem permanecer na fazenda, de 840 hectares. Ainda quinta, novas famílias chegaram ao local que está com cerca de 200 famílias do MST.

A área está arrendada para Álvaro Tedesco e Teunis Groenlwold que terminaram de colher a safra de milho nesta terça (6). Eles tinham a pretensão de iniciar o plantio de verão 2005/2006 nas próximas semanas.

A propriedade estaria penhorada junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e ao governo estadual por conta de débitos tributários e empréstimos bancários.

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