A Polícia Civil de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba (RMC), não descarta a hipótese de execução na morte do diretor comercial das lojas Coppel, Valmor Hornig, de 48 anos, assassinado dentro de casa, na Vila Bancária, na noite desta sexta-feira (14). Ele foi atingido por três tiros e morreu na hora.
A mulher de Hornig prestou depoimento nesta segunda-feira (17) e afirmou que ele não vinha sofrendo ameaças nem tinha desafetos, o que pode indicar um caso de latrocínio tentativa de roubo seguida de morte. Também não foi encontrada nenhuma razão que pudesse motivar uma execução, como envolvimento com drogas ou dívidas.
Mas, o investigador da Delegacia de Campo Largo, Marcos Antonio Gogola, não descarta a hipótese de homicídio pelas características do crime. "Geralmente, nos casos de latrocínio, os assaltantes rendem a vítima na entrada de casa e não como aconteceu. Eles tinham muita confiança no que estavam fazendo, entraram na casa sabendo que o alarme não ia disparar e tiveram a preocupação de subir pela sacada, sendo que tinham três carros na garagem que poderiam ter levado", conta. Gogola aponta, ainda, que foram recolhidas imagens de câmeras de segurança da casa, mas os criminosos ainda não foram identificados. Impressões digitais e um cartucho de arma calibre 32 também foram recolhidos. "Identificamos mais dois disparos na frente da casa, o que pode apontar que eles saíram atirando", diz. A Polícia Civil deve ouvir outras pessoas durante a semana.
Crime
Na última sexta-feira (14), três homens arrombaram o portão da casa de Valmor Hornig usando uma chave de fenda, atravessaram o quintal e um deles escalou uma coluna que dava acesso à sacada do quarto da vítima, que dormia com a mulher. "A mulher dele ouviu um barulho na janela e ele foi ver o que era. Quando viu que tinha alguém ali falou para a pessoa sair e levou os tiros", conta Gogola.
Um disparo acertou a cabeça da vítima e os outros dois o pescoço. O Siate foi até o local, mas Hornig já estava sem vida. A filha do casal dormia no quarto ao lado. Segundo as investigações, o trio esperou terminar uma festa da vizinhança para invadir a residência da vítima e, por isso, o crime não foi visto por testemunhas.
