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Violência no RJ

Polícia ouve gestante suspeita de fazer sinal para micro-ônibus incendiado

A gestante que teria feito sinal para o micro-ônibus, que foi incendidado na Cidade de Deus, presta depoimento na tarde desta quarta-feira (3) a policiais da 32ª DP (Taquara), onde o caso foi registrado.

Ela e outros quatro homens suspeitos de ter ligação com o ataque foram levados para a delegacia pela Polícia Militar. Treze pessoas ficaram feridas após o veículo ter sido incendiado.

De acordo com o comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), Djalma Beltrami, a gestante e os os outros quatro homens foram chamados para prestar depoimento após informações passadas por moradores da comunidade.

A PM, em parceria com a Polícia Civil, fez uma busca nesta quarta-feira (3) nas imediações da favela por imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais da região.

Cinegrafista registra ataque

Um cinegrafista amador registrou as imagens do ataque, dez minutos depois da ação. As imagens mostram o ônibus ainda em chamas, o momento em que a ambulância chega para socorrer as vítimas, a ação dos bombeiros, e ainda o desespero das pessoas que sofreram queimaduras.

Cabral diz que UPP vai continuar

O governador Sérgio Cabral atribuiu o ataque ao sucesso das Unidades Pacificadora de Polícia (UPPs) e garantiu que projeto será ampliado para outros pontos da cidade.

O delegado da 32ª DP (Taquara), João Luiz Garcia, informou que o pai, a irmã de 15 anos e um primo do suspeito detido com drogas na noite de terça-feira (2), na Cidade de Deus, prestam depoimento nesta quarta-feira (3).

De acordo com a PM, o micro-ônibus da Linha 701 foi atacado e incendiado, enquanto o rapaz, que foi preso por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) com 75 trouxinhas de cocaína, era levado para a delegacia.

Segundo o delegado, os parentes do suspeito foram levados para a delegacia por desacato durante a ação na favela, mas não descarta a possibilidade de participação no ataque ao micro-ônibus.

Desde cedo, cerca de 80 policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) reforçam o patrulhamento na região. Há mais de um ano a Cidade de Deus está ocupada pela UPP.

Os policiais fazem operações para prender os suspeitos, que seriam quatro. Entre eles, estaria uma mulher grávida que teria feito sinal para entrar no ônibus. Assim que o veículo parou foi atacado por uma bomba incendiária conhecida como "coquetel molotov".

De acordo com registro feito na 32ª DP (Taquara), dos 20 passageiros do micro-ônibus da Linha 701 (Madureira-Alvorada), 13 ficaram feridos, mas uma das vítimas foi medicada e liberada sem ter o nome registrado pela polícia. Nenhum dos feridos é morador da comunidade.

Seis vítimas continuam internadas

Os 12 feridos identificados são: Gabriel Lima, Rosângela dos Santos, Ana Sheila de Souza, Luciana Fernandes, Nara Martins, Anne Andrade, Cristiane da Silva Maciel, Karina Ferreira, Paula Núbia Rodrigues, Antônio Carlos Godoy, Laís de Melo Rodrigues e Ronaldo Luiz Costa Ferreira.

Desses, seis foram liberados depois de medicados.

Paula Núbia Rodrigues, de 23 anos, teve 25% do corpo queimado. Anteriormente, a Secretaria municipal de Saúde havia informado que a vítima teve 70% do corpo queimado. Ela foi transferida para o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Souza Aguiar, no Centro.

Laís de Melo Rodrigues, de 21 anos, teve 48% do corpo queimado e também foi transferida para o Souza Aguiar. Nara Martins, de 27 anos, continua internada no Lourenço Jorge, com 27% do corpo queimado.

Cristiane da Silva Maciel teve 20% corpo queimado e foi transferida para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio. Rosângela dos Santos também foi transferida para lá e não há informações sobre o seu estado de saúde.

Ana Sheila de Souza foi encaminhada para o o Cardiotrauma, em Ipanema. E Antônio Carlos Godoy foi transferido para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte.

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