A Delegacia de Crimes contra a Economia e Defesa do Consumidor solicitou a prisão preventiva do fotógrafo Albari Ferreira, que está desaparecido há cerca de duas semanas. No inquérito policial concluído ontem há informações de cobranças indevidas por parte de Ferreira, de emissão de cheques sem fundo e, principalmente, de falta de entrega do material aos clientes. O delegado Vilson Alves Toledo diz ainda que está caracterizado o crime de estelionato, com pena prevista de um a cinco anos de reclusão e multa.
Cerca de 150 pessoas registraram boletim de ocorrência na delegacia contra o fotógrafo. A maioria delas reclama pela não entrega das fotos da cerimônia de casamento. No site do fotógrafo, Ferreira afirma que está desde 1990 no ramo e clientes dizem que ele fazia um bom trabalho.
O fotógrafo não tem passagem pela polícia.
Busca
Alguns casais estão conseguindo as fotos da cerimônia. Maria Izabel da Silva Chinen, proprietária de uma loja de noivas, diz que fotos e vídeos foram abandonados na frente de seu estabelecimento, que fica do outro lado da rua do estúdio de Ferreira, no bairro Alto da XV. Ela diz não saber quem deixou o material e que está entregando-o. Cerca de cem casais já receberam as fotos, diz Izabel. "O importante nessa vida é a solidariedade neste momento."
O que fazer
A Delegacia de Crimes contra a Economia e Defesa do Consumidor continua registrando boletins de ocorrência das vítimas lesadas pelo fotógrafo. O delegado afirma que o registro também é importante para ações judiciais futuras de danos morais e ressarcimentos. A delegacia fica na Rua Ermelino de Leão, 513. O telefone é o (41) 3883-7100.Os casais que estão em busca das fotos da cerimônia devem primeiro procurar por informações no Orkut, orienta Maria Izabel. Ela diz que, melhor do que ir até a loja, é acompanhar as comunidades "Noivas de Curitiba" e "Vítimas do Albari" na rede de relacionamentos.