A polícia prendeu nesta quinta-feira (8) ao menos quatro suspeitos de participar da chacina que deixou 19 mortos nas cidades de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, no dia 13 de agosto. A informação foi confirmada pelo promotor de Justiça Ricardo Navarro.
Balanço parcial da polícia aponta que ao menos duas armas e um celular foram apreendidos durante a operação. Arlindo José Negrão Vaz, delegado do Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que entre os presos estaria um guarda civil metropolitano.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a força-tarefa cumpre seis mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em 36 lugares da Grande São Paulo. Os mandados foram expedidos pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar.
No total, 457 policiais participam da operação, sendo 201 policiais civis do DHPP e Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), e 256 policiais militares da Corregedoria da Polícia Militar, para a garantia da realização simultânea dos mandados judiciais.
A secretaria informou, por meio de nota, que mais detalhes sobre a operação só serão fornecidos à tarde em entrevista à imprensa na sede da SSP, no centro da capital paulista.
Entre as vítimas da chacina, havia apenas uma mulher, a adolescente Letícia Vieira Hillebrand da Silva, 15, que morreu no dia 27 de agosto após 14 dias internada. Todas as outras vítimas eram homens.
A principal linha da investigação é que tenha sido retaliação de policiais ao assassinato de um PM por bandidos que assaltavam um posto de combustível, no dia 8 de agosto.
A força-tarefa criada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) detectou indícios de ligação do crime com outros 13 assassinatos ocorridos nos cinco dias anteriores. Com isso, a apuração já trabalha oficialmente com a hipótese de um mesmo grupo ter matado 32 pessoas e deixado dez feridos em cinco municípios vizinhos entre si na região metropolitana: Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Santana do Parnaíba.
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