Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam cinco suspeitos de integrarem a "turma do Predinho", que estiveram envolvidos na chacina do supermercado Walmart, na Avenida das Torres, na virada do ano. Um duplo homicídio, ocorrido na última sexta-feira, no Bairro Alto, acabou ajudando os policiais a localizar o grupo. Os assassinatos ocorreram próximos ao prédio em que a turma estava escondida.
Duas mulheres e três homens foram presos quando tentavam fugir para o interior do estado na madrugada desta terça-feira (20).
O delegado titular da DHPP, Miguel Stadler, explica que as duas mulheres estavam no mercado no dia da chacina. Foram elas que avisaram os parceiros da presença da turma rival. Quando os grupos se confrontaram no estacionamento, os cinco integrantes da 'turma da Chicarada' morreram na hora. O sexto morto na chacina era um dos autores do crime, vítima de fogo amigo.
Durante as investigações do caso, a polícia obteve os mandados de prisão para parte do grupo, mas acabou surpreendida por um duplo assassinato de membros da turma do Predinho.
O carro onde estavam, no Bairro Alto, foi atingido por inúmeros disparos. Um dos homens que foi morto participou da chacina do Walmart. Outro homem que estava no carro foi levado ao hospital, baleado."Intensificamos a diligência não só para identificar os autores da segunda execução, mas para complementar a investigação da chacina anterior", explicou o delegado.
No mesmo dia, a polícia localizou um fuzil e munição, que estavam escondidos no sótão de um apartamento localizado a 150 metros do local do duplo homicídio, também no Bairro Alto. O local estava sendo usado como esconderijo pelo grupo. No sábado, a polícia encontrou duas pistolas (9 mm e .40), com carregadores e munição, em um matagal ao lado desse apartamento.
"Certamente essas armas foram usadas na execução de várias pessoas na região da Vila das Torres", afirma.
Uma das armas, a pistola .40, estava com o número de identificação lixado. "Acreditamos que seja patrimônio da polícia e foi subtraída. Estamos fazendo os levantamentos."
Ainda de acordo com Stadler, o fuzil foi usado em outras práticas criminosas, como cessão ou arrendados para outras facções. Entre os crimes praticados estariam os roubos a caixas eletrônicos.