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Um homem que foi preso em Maringá, no Noroeste do Paraná, confessou à polícia, na tarde desta sexta-feira (31), ser um assassino em série. Durante o depoimento, o homem de 40 anos disse ser o responsável pela morte de pelo menos seis mulheres nos últimos cinco anos na cidade. No entanto, a polícia acredita que ele pode ser o autor de outras três mortes semelhantes. Todas as vítimas eram garotas de programa.

As mulheres eram estranguladas e deixadas em uma zona rural do município, nuas. Ele ficou conhecido como “maníaco da torre” por abandonar os corpos próximo a torres de transmissão de energia.

O homem, que trabalha com venda de carros, teve a prisão decretada na tarde de quinta-feira (30) sob suspeita de ter matado Mara dos Santos, de 36 anos. O corpo dela foi encontrado por trabalhadores na segunda-feira (27) em uma lavoura de milho, às margens da PR-317.

Durante as investigações, a polícia encontrou pedaços do parachoque de um carro modelo BMW, de cor azul, perto do corpo da vítima. Com a ajuda de imagens de câmeras de segurança de avenidas próximas a PR-317, os policiais viram um carro em alta velocidade que passou perto do local do crime no mesmo horário, inclusive sendo multado. Com a placa do veículo, os policiais buscaram pelo proprietário, descobriram que ele já tinha passagens pela polícia por roubo a banco, em 2002, e por receptação, em 2011.

Com essas informações, os policiais passaram a monitorar a casa do suspeito e constataram que o local também servia de ponto de venda de drogas. No quintal, o carro usado por Gomes, apresentava uma parte quebrada, justamente a que estava na delegacia. “Foi como unir um quebra-cabeças. Naquele momento, tivemos certeza de que ele seria o autor do último homicídio”, diz o delegado da Delegacia de Homicídios de Maringá, Diego de Almeida.

A isca para atraí-lo até a 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá foi um depoimento sobre a possível venda de drogas na região. Ainda segundo a polícia, ao comparecer na delegacia, o homem negou o crime e até apresentou um álibi – uma mulher que afirmou ter passado as últimas noites com ele. No entanto, ela teria voltado atrás e desmentido o primeiro depoimento.

Ao ser apresentado à imprensa, na tarde desta sexta-feira (31), ele disse que confessou os crimes por estar arrependido e justificou que matava porque era perturbado desde a morte da mãe – que foi assassinada, quando ele tinha 7 anos.

O homem foi encaminhado à Casa de Custódia de Maringá (CCM) e deve prestar outros depoimentos na semana que vem, conforme a polícia. Ele vai ser investigado por outras três mortes semelhantes que aconteceram no mesmo local.

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