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Violência leva o segundo filho de Cláudia

"Infelizmente essa é a tristeza a qual essas crianças estão submetidas", disse o avô de Cahuê, Antônio, apontando para as dezenas de crianças que rodeavam o caixão do menino de apenas 7 anos. Ele mora no Santa Cândida e tentava acalmar a irmã da vítima, que chorava e soluçava dentro de um carro. Segundo Antônio, essa não foi a primeira perda de Cláudia da Silva, 32, a mãe de Cahuê. "Há cinco anos, ela perdeu outro filho". O garoto tinha cinco anos e foi atropelado.

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A polícia prendeu nesta segunda-feira Vanderlei da Rosa Pinheiro, 20 anos, um dos suspeitos de matar o menino Cahuê da Silva da Cruz, de apenas 7 anos. De acordo com o delegado que investiga o caso, Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Curitiba (DHPP), o suspeito trabalharia para um agiota, o real mandante do crime, que quis cobrar uma dívida contraída pela família da vítima alguns dias antes.

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O crime ocorreu na tarde do último domingo, quando mãe e filho se dirigiam a um mercado da Vila Torres, na Rua Manoel Martins de Abreu, esquina com a Rua Guabirotuba. O menino foi atingido por um disparo no pescoço e a mãe foi baleada no pé. Uma menina de 10 anos que passava pelo local foi atingida na perna e segue hospitalizada. A Polícia Militar informa que Cahuê chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Cajuru.

O suspeito pelo crime foi preso em São José dos Pinhais, em uma abordagem realizada por policiais militares do 17.º Batalhão. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito respondia em liberdade por dois homicídios, cometidos entre 2013 e 2014. A mãe do criminoso, que tem 45 anos, também foi presa na segunda por ter um mandado de prisão contra ela por tortura.

Segundo as investigações, Pinheiro estava acompanhado de um adolescente de 16 anos no dia do crime, em um carro prata e na posse de pistolas, depois de passar dias ameaçando a família. "As ameaças eram tão constantes que a família do garoto chegou a se mudar dentro da própria comunidade", explica o delegado que está à frente das investigações. A polícia segue na procura do outro suspeito e do mandante do crime.

As primeiras investigações levavam a acreditar que o crime teria sido ocasionado por balas perdidas, mas provas adquiridas posteriormente mostram, de acordo com a polícia, que os suspeitos foram até mãe e filho com a intenção de matar.

Nos interrogatórios, o suspeito negou ter participado do crime, mas a polícia garante que tem provas de seu envolvimento. Por enquanto, o delegado Fábio Amaro não pode fornecer outras informações para não prejudicar o andamento das investigações.

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Moradores fecham Avenida das Torres

Manifestantes fecharam ontem à noite, por uma hora, a Avenida Comendador Franco (Av. das Torres), na altura da trincheira da Rua Chile, para protestar contra a violência na região e a morte do menino Cahuê da Silva da Cruz. A manifestação começou perto das 19 horas. Dezenas de pessoas participaram do protesto, com uma faixa com a mensagem "Justiça pro Kahuê" e gritos pedindo a ação do poder público. Com motos, soldados da Polícia Militar acompanharam a manifestação de perto. A morte de Chauê é a segunda em menos de um mês na Vila Torres. No dia 13 de outubro, moradores protestaram no local após o assassinato do jovem Felipe Vicente do Nascimento, 16 anos, que se preparava para trabalhar quando um veículo ocupado por dois homens parou no local e os ocupantes atiraram na vítima. Naquela ocasião, para protestar, manifestantes fecharam o trânsito na Avenida Comendador Franco por 1h30 e atearam fogo em pneus. A manifestação pedia o fim da violência na região.