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A polícia tenta encontrar o segundo carro usado pela quadrilha que executou o tenente-coronel José Roberto Lourenço, diretor de Bangu 3. Os agentes já sabem a placa e a marca do veículo. Há suspeita que ele tenha sido roubado no dia 27 de setembro, perto do Presídio de Água Santa, no subúrbio do Rio de Janeiro

A vítima foi assassinada na quinta-feira (16) quando ia para o trabalho. Seu carro foi atingido por mais de 60 disparos de fuzil na Avenida Brasil.

Um dos veículos que teriam sido usados pelos criminosos foi encontrado na sexta-feira (17), em Magé, na Baixada Fluminense. O carro foi levado para a perícia, que ainda não foi concluída. Segundo os investigadores, o veículo tinha a placa clonada e o chassi adulterado. Transferência de presos suspeitos

Dois presos suspeitos de envolvimento na morte do diretor de Bangu 3, José Roberto do Amaral Lourenço, foram transferidos para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, na madrugada deste sábado (18). Na unidade, os detentos ficam em celas individuais de seis metros quadrados.

Uma escolta da PM e do Serviço de Operações Especiais do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) levou os acusados até o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, onde chegaram por volta da meia-noite e embarcaram em um jato da Polícia Federal que decolou à 1h.

O pedido de transferência dos presos Aldair Marlon Duarte, conhecido como Aldair da Mangueira, e Ronaldo Pinto Lima Silva, conhecido como Ronaldinho Tabajara, foi do juiz da Vara de Execuções Penais, a pedido do governo do estado, por causa de "fortes indícios no envolvimento deles no assassinato do diretor do presídio".

Em nota, o governo afirmou que não vai "recuar um milímetro na política de enfrentamento sem trégua da criminalidade no Rio de Janeiro".]

Cabral assina decreto para segurança de diretores

Na segunda-feira (20), entra em vigor o decreto assinado pelo governador Sérgio Cabral que obriga os diretores de presídios a andar em carros blindados, com coletes à prova de balas e escolta armada. Desde 2003, já existia uma resolução que determinava o cumprimento de algumas dessas medidas.

A Secretaria estadual de Segurança Pública investiga se a ordem para o crime partiu de traficantes presos que foram para a solitária por determinação de José Roberto Lourenço. De acordo com a Seap, o militar, que dirigia o presídio de Bangu 3 há quatro anos, não tolerava indisciplina.

A polícia apura ainda se o crime teria sido cometido por uma milícia, por policiais e até por funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), onde haveria uma briga interna. Alerj recebe denúncias

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recebeu, na sexta-feira (17), denúncias de que outros diretores de presídios não têm escolta. Na quinta (16), José Roberto estava sozinho quando foi alvejado.

Embora tivesse direito à escolta armada, e até mesmo um carro blindado, o tenente-coronel, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), teria dispensado a escolta na quinta-feira (16). No entanto, agentes penitenciários, cujos nomes foram preservados, disseram que a segurança foi retirada por ordem superior.

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