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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que as forças estaduais de segurança vão permanecer na comunidade da Rocinha, após a ocupação durante a Operação Choque de Paz, neste domingo (13). Segundo ele, os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar ocuparão o local até a instalação definitiva da Unidade de Polícia Pacificadora, a 19ª do estado do Rio, em data ainda não definida.

De acordo com Cabral, a ação de hoje só foi possível graças à integração das três esferas de governo, que permitiu que as tropas do Exército continuassem ocupando o Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Cabral lembrou que a presidenta Dilma Rousseff aceitou seu pedido de prorrogação da ocupação dos militares naquelas comunidades até junho de 2012 e acrescentou que logo após o controle da Rocinha ter sido anunciado hoje, ligou para agradecer a chefe de Estado.

"O território foi retomado graças à unidade e à união das forças públicas que trabalharam nessa operação, para resgatar comunidades que estavam abandonadas pelo poder público e dominadas pelo poder paralelo há décadas. Dentro do nosso planejamento de formação dos policiais, não teríamos como avançar no nosso calendário se não houvesse a prorrogação, se as Forças Armadas não dessem mais uma contribuição ao Rio de Janeiro", disse, durante entrevista coletiva na manhã deste domingo, no 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul do Rio. No local, foi montado um centro de comando da Operação Choque de Paz.

Cabral ressaltou que, com base em dados coletados durante as intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o número de moradores da Rocinha dobrou entre os anos de 2000 e 2010, chegando a 100 mil pessoas. Ele informou que o governo vai lançar, em breve, o Censo da Rocinha e acrescentou que na comunidade vizinha, do Vidigal, também com base nesses dados, há 20 mil moradores.

"Esse Censo mostra que há uma distorção nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que são 70 mil, mas 100 mil. São pessoas que precisavam criar seus filhos em paz. São os garçons, as cabeleireiras, as empregadas domésticas da zona sul, e pessoas com nível superior que querem ter acesso a uma vida digna e isso não ocorre sem paz".

Até agora, a polícia apreendeu armas, entre elas fuzis, uma granada e diversas motos roubadas na Rocinha. O balanço final da operação só será divulgado no fim da tarde de hoje.

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