A proposta do governo de São Paulo de antecipar em dois meses o aumento de 6,5% aos policiais civis fez os líderes da categoria admitirem, novamente, o fim da greve, que perdura há 57 dias. Na segunda-feira (10), os grevistas se reuniram com o líder do governo na Assembléia, o deputado Barros Munhoz (PSDB), e disseram aceitar o porcentual proposto, caso haja a incorporação integral do Adicional de Localidade de Exercício (ALE) aos vencimentos no prazo de cinco anos - a proposta de José Serra é de 50% em dez anos. Mas o governo já adiantou que não fará nenhuma nova concessão nem vai alterar a proposta.
Outra exigência é a de antecipar os 6,5% prometidos para novembro de 2009 para o mês de março ou julho - bem mais suave que os 15% pedidos para este ano e outros dois reajustes de 12%, em 2009 e em 2010. "Está mais próximo do fim da greve", disse o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo (Adpesp), Sérgio Roque, após audiência com Munhoz. "As negociações foram parcialmente atendidas, esse é um sintoma bastante bom. Estão avançando, pois antes ninguém conversava com a gente."
Munhoz, no entanto, afirmou que a proposta final do governo já foi feita e nenhuma outra reivindicação será atendida até a aprovação do pacote de leis para as polícias. "Não há mais o que fazer por parte do governo, deixei claro isso a eles." Os grevistas ainda estão determinados a fazer uma paralisação nacional de 4 horas no dia 17 e só depois convocar assembléia.
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