"Algemaço"

Carregando algemas e faixas, policiais protestaram durante cerca de uma hora na última sexta-feira (7) contra o "desmantelamento" da corporação pelo governo federal. Em Curitiba, o protesto ocorreu em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF). No Paraná, também houve "algemaços" em Maringá e Foz do Iguaçu. Os atos aconteceram simultaneamente em várias cidades brasileiras (como São Paulo), em articulação nacional da categoria.

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Os policiais federais do Paraná promovem um dia de paralisações nesta terça-feira (11) em protesto pela reestruturação da Polícia Federal (PF). O movimento tem previsão para durar 24 horas, com a manutenção de pelo menos 30% dos serviços em cada divisão do órgão. Apesar da restrição, segundo o sindicato da categoria, ninguém que precise dos serviços relacionados a passaporte ou fiscalização vai ficar sem atendimento. Mas, conforme a entidade, pode haver mais lentidão que o normal.

Alberto Domingos, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), destacou que a paralisação é pacífica e que visa informar a população, e não prejudicá-la. "Queremos esclarecer os descasos que estão acontecendo com a PF. Queremos principalmente uma definição da carreira da Polícia Federal (agente, escrivão e papiloscopista), que o orçamento seja ampliado, o fim do sucateamento da corporação e que o governo cumpra a reestruturação da PF", listou.

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Em Curitiba, pela manhã, os manifestantes se reuniram em frente à Superintendência da PF, no Santa Cândida e depois foram para a Arena da Baixada. Domingos diz que a escolha do local foi para questionar o governo federal sobre os recursos públicos utilizados na construção de estádios. "Não é que sejamos contrários à realização da Copa, mas se há investimentos absurdos em estádios, que haja dinheiro para a segurança pública."

Durante a tarde, Domingos diz que os manifestantes irão distribuir panfletos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. O dirigente garantiu que os passageiros não serão prejudicados e ironizou a segurança do terminal com a atual estrutura. "O efetivo hoje será de dois policiais, que é o efetivo normal. Imagine um aeroporto internacional com dois agentes para fazer a fiscalização. Isso é um absurdo."

Para os próximos dias, dependendo do rumo das negociações, os policiais não descartam uma greve geral. Entre outros pontos que estão na mesa de debate com o governo estão, segundo o sindicato, casos de assédio moral e falta de reconhecimento dos agentes, escrivães e papiloscopistas. O Sinpef também reclama de perdas salariais de 40% pelo congelamento do salário por sete anos e de falta de efetivo.

Passaportes em Curitiba

A assessoria de imprensa da PF em Curitiba informou que o atendimento na superintendência, no Santa Cândida, ocorre normalmente nesta terça-feira.

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