São Paulo - Policiais civis de todo o país ameaçam organizar uma paralisação nacional da categoria por 24 horas caso o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se recuse a negociar com os policiais em greve no estado. A idéia é paralisar as atividades no dia 29 deste mês. Na quinta-feira, cerca de 2,5 mil policiais civis que tentavam chegar em passeata ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, foram impedidos por policiais militares. Houve confronto e 30 pessoas ficaram feridas.
Representantes de federações de policiais civis acompanharam o desenrolar da greve ontem em São Paulo. "O salário dos policiais de São Paulo é um dos piores do Brasil. O governo não quer negociar e a polícia está sucateada", afirmou o presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná e da Federação Interestadual dos Policiais das Regiões Sul e Sudeste, Paulo Martins, que esteve ontem em São Paulo. Segundo ele, ainda não há previsão sobre quando a categoria vai definir a paralisação no Paraná. "Vamos aguardar para ver se o governo sinaliza com alguma possibilidade de negociação."
O presidente da Federação Interestadual das Polícias Civis da regiões Centro-Oeste e Norte, Divinato da Consolação, garantiu que a paralisação será realizada. "Se o governo de São Paulo não sentar e não negociar, nós vamos parar por 24 horas. Faremos um movimento nacional sem precedentes", afirmou.
Em nota divulgada pela categoria, o diretor do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal, Luciano Marinho de Moraes, disse que já iniciou contatos com sindicatos de todo o país. "Caso o governo do estado de SP não dê uma resposta rápida às reivindicações, na semana que vem vamos paralisar as Polícias Civis de todo o Brasil por um dia", diz Moraes, segundo a nota.
Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas no confronto de quinta-feira. O coronel da Polícia Militar Danilo Antão Fernandes, comandante do policiamento da zona sul de São Paulo, foi atingido pela bala de uma pistola .40 ou .45 (armas de uso restrito das polícias). Ele teve alta na manhã de ontem. Dezenove pessoas foram atendidas no Hospital Albert Einstein. Ontem, três pessoas permaneciam internadas no local. Cinco feridos foram atendidos no Hospital Itacolomy e outros seis no São Luiz. Segundo as assessorias dos hospitais único que permanece internado é um paciente que sofreu fratura exposta em um dos dedos da mão direita e foi transferido para ao hospital São Leopoldo.
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