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Caso Tayná

Policiais são impedidos de fornecer material genético no IML

Os policiais civis acusados de tortura no caso Tayná tentaram fornecer material genético nesta quarta-feira (21) ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o advogado de defesa do caso, Cláudio Dalledone, o IML não permitiu a coleta do material porque os policiais estavam acompanhados de um médico particular, que iria acompanhar o procedimento. Dalledone afirma que o fato é anormal. "Estão com medo de que? Por que impedir um médico de acompanhar o procedimento?", questiona o advogado.

Segundo Dalledone, os acusados de tortura devem fazer exames particulares e o padrão genético de todos deve ser fornecido nos autos do processo para confrontar com o sêmen coletado no corpo de Tayná, em junho do ano passado. "Isso não muda nada", diz o advogado. "Os reais assassinos são os quatro", completa, se referindo aos quatro suspeitos que teriam confessado o crime sob tortura na Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que o procedimento para coleta das amostras já estava previamente marcado, mas para que o médico particular pudesse acompanhar o procedimento, por lei, seria necessária uma intimação judicial, que não foi apresentada. Além disso, a Sesp esclarece que os ofícios apresentados pela autoridade policial, bem como pelo Ministério Público, não faziam menção à participação de um assistente técnico contratado pelo advogado dos envolvidos para a coleta das amostras sanguíneas.

Entenda o caso

Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, foi encontrada morta em junho do ano passado em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Os suspeitos de cometer o crime são quatro rapazes que trabalhavam em um parque de diversões na região. Pouco tempo depois de terem sido presos, porém, o advogado deles alegou que os suspeitos confessaram o crime sob tortura na Delegacia do Alto Maracanã.

Entre os 21 acusados de tortura, 16 são policiais civis, um é policial militar, dois são guardas municipais e dois são considerados "presos de confiança".

O caso corre sob segredo de Justiça e ainda não foi solucionado. O processo passou por quatro delegados que pediram seis vezes a prorrogação do prazo de conclusão. Atualmente, o responsável pela investigação é o delegado Cristiano Quintas.

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