O policiamento segue reforçado, na manhã desta sexta-feira (21), nas quatro regiões com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que foram atacadas por bandidos. Os atentados aconteceram na noite desta quinta-feira (20) e se concentraram na região do Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Três policiais militares acabaram baleados na comunidade, incluindo o comandante da UPP do Mandela, o capitão Gabriel de Toledo, atingido na virilha. Além disso, dois carros e cinco bases de apoio da unidade foram incendiadas.

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O clima de pânico tomou conta da comunidade, porque várias ruas ficaram às escuras, depois que tiros atingiram transformadores da Light. A Avenida Leopoldo Bulhões ficou fechada por quase seis horas. Já a circulação de trens do ramal de Saracuruna foi paralisada por pouco pouco mais de duas horas.

O conflito teve início no fim da tarde desta quinta-feira, após PMs terem sido atacados por moradores que reagiram à remoção de um grupo que invadira um prédio. No final da noite, houve ataques a tiros também contra as UPPs do Parque Arará (em Benfica), do Camarista Méier, onde um ônibus foi incendiado, e do Complexo do Alemão. O confronto no Alemão terminou com um suspeito ferido. Ninguém havia sido preso até as 0h30m.

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Cabral vai pede apoio de forças federais

Depois de uma reunião com autoridades da cúpula de segurança do estado, o governador Sérgio Cabral disse, no início da madrugada desta sexta-feira, que marcou para as 11h uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para discutir os recentes episódios de violência nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio. Cabral, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame vão a Brasília para propor um plano de segurança para o estado. O governador, no entanto, não quis dar detalhes do plano que será proposto, mas adiantou que vai solicitar o apoio das Forças Federais.