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Sem condições de uso, a ponte que liga o Campo Comprido ao Santa Quitéria será reformada em caráter de emergência pela Prefeitura | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Sem condições de uso, a ponte que liga o Campo Comprido ao Santa Quitéria será reformada em caráter de emergência pela Prefeitura| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Após dois meses de reclamações feitas à Prefeitura, moradores da Vila Buriti, no Campo Comprido, podem finalmente ganhar uma nova ponte que faz a ligação da área com o bairro Santa Quitéria. Conforme informado nesta quarta-feira (6) pela Prefeitura, por causa da urgência do início dos serviços, a Procuradoria do município e o Tribunal de Contas do Estado (TC) já analisam os documentos necessários que pedem dispensa da licitação para a contratação da empresa que realizará as obras de reparo. A expectativa é de que uma nova ponte seja instalada no local até o fim de 2013.

Há tempos os moradores do entorno reclamam das condições precárias da atual ponte, que praticamente impede a travessia até o bairro Santa Quitéria. De acordo com relatos dos residentes da região, é neste bairro que se encontram hoje a maioria dos serviços essenciais à população, como bancos, escolas, creches, unidades de saúde e acesso a transporte coletivo.

Sem a ponte que encurta a travessia, os moradores têm que dar uma volta de três quilômetros para chegar ao Santa Quitéria. Para evitar percorrer o caminho mais longo, muitos moradores se arriscam passar pela ponte, que além de estar praticamente sem as tábuas que servem como piso, está com a estrutura de aço danificada, o que deixou a travessia frágil. "Quem é novo, os estudantes que vão para as escolas do outro lado passam pendurados. Os mais velhos não conseguem e ficam por aqui, porque têm que andar mil metros para pegar o ônibus mais próximo", relata Ubirajara de Carvalho Vasconcelos, morador da vila.

De acordo com Vasconcelos, o conjunto habitacional da Vila Buriti possui 464 apartamentos, sendo que a média de morador em cada residência é de quatro pessoas. "Todos eles precisam dos serviços do outro lado, que tem faculdade, cinco escolas, duas creches, igrejas, farmácias. Toda semana entramos em contato com a Prefeitura, já acionamos vários vereadores para ver o que era possível fazer, mas ainda continuamos abandonados", argumentou o morador.

Edneia de Jesus Macedo, que reside na Rua Ulisses Vieira, na parte do Santa Quitéria, relata que a falta de manutenção na travessia implicou até mesmo na segurança da região. "Como está jogada [a ponte], até assalto já tem ali", disse. Segundo ela, a construção da nova ponte deveria, inclusive, contemplar uma estrutura que permitisse a passagem de carros e motos, para facilitar de vez a ligação entre os dois bairros. "Não é granito, não sei o que, que colocaram no Batel? E por que no nosso bairro não pode ser o mesmo?", questiona a moradora.

A Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura de Curitiba informou que até que ainda é necessário o parecer do TC e da Procuradoria sobre a dispensa de licitação para definir qual empresa será responsabilizada pelas obras – que não serão de reforma, mas sim de implantação de uma nova estrutura. A administração municipal estima que os pareceres saiam até o final de novembro, quando já poderão ser iniciadas as obras.

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