O fim da novela sobre a mudança do nome de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, poderá ser decidido pela própria população. Esse é o pensamento defendido pelo prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), responsável pela aprovação ou não do novo nome.
Na última quarta-feira (19), a Câmara de Vereadores da cidade aprovou a substituição do "ç" por dois "s". O próximo passo seria a sanção do prefeito, que demonstra simpatia pela mudança. Porém, Ghisi admite que se a polêmica aumentar uma consulta popular poderá ser feita para colocar um ponto final no assunto.
O vereador e autor do projeto Djalma Pastorello (PSDB) defendeu a nova grafia. "O nome original da cidade era com duplo "s". Em 1945 um acordo com a Academia de Letras de Lisboa e do Brasil propôs a mudança para "ç". Agora queremos retomar o nome de fundação", justificou. Ainda segundo Pastorello, a mudança para Foz do Iguassu também ajudará o turismo no município. Para ele o "ç" é uma barreira da língua para que estrangeiros consigam achar o site da prefeitura ou achar mais informações sobre a cidade nas páginas de busca.
Apesar das justificativas a favor, os vereadores e o prefeito devem enfrentam uma série de resistências da opinião pública. A Academia de Letras do Extremo-Oeste do Paraná está preparando e apoiando uma série de manifestações contrárias a sanção da lei que partem de professores e estudantes. Uma das iniciativas mais contundentes até agora é de um dos membros da academia, o professor de português e escritor, Nilton Bobato. Ele está elaborando um requerimento para ser entregue ao prefeito na próxima semana questionando a alteração. Caso a lei seja sancionada, Bobato promete ingressar com ação na Justiça.
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